Economia – 20/01/2012 – 11:01
A atividade fabril da China provavelmente caiu pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, sugerindo que as políticas pró-crescimento de Pequim vão continuar, a despeito dos sinais iniciais de que a tendência de retração está desacelerando, mostrou uma pesquisa de gerentes de compra nesta sexta-feira.
O índice preliminar de gerentes de compras do setor de manufaturas (PMI, na sigla em inglês) do HSBC, o primeiro indicador da atividade industrial chinesa, ficou em 48,8 em janeiro, máxima de três meses e uma ligeira melhora sobre a leitura final de 48,7 do índice de dezembro.
Reversões em subíndices que medem novas encomendas de exportações, pedidos pendentes e estoques de bens acabados deram sinais de fortalecimento da atividade, embora a leitura global tenha ficado abaixo do nível de 50 – que separa a expansão da contração – onde ela permaneceu durante a maior parte dos últimos sete meses.
A leitura global das novas encomendas avançou para uma máxima de três meses, mas por uma pequena diferença não conseguiu voltar para acima do nível de 50.
Áreas de preocupação para os investidores permanecem, porém, ao lado de pontos de otimismo, com o índice global de produção sinalizando contração a um ritmo mais acelerado em janeiro do que em dezembro – tendência também refletida nos estoques e nas quantidades de compras.
“As firmas mais vulneráveis são as essenciais, altamente externalizadas, do setor de manufaturas – especialmente as menores, que têm mais peso no HSBC preliminar”, disse o economista para a China do Standard Bank em Pequim Jeremy Stevens.
“Essas firmas menores têm longos tentáculos que atingem profundamente a economia em geral. Os dados confirmam que muitas foram forçadas a entrar no modo de confinamento, favorecendo a preservação do capital sobre a geração de receita”, escreveu o economista em uma nota para os clientes.
O subíndice de novas encomendas de exportação, contudo, conseguiu se recuperar para 51,1, de uma mínima de três meses.
Isso se seguiu a uma série de dados oficiais recentes que mostraram um surpreendente avanço no crescimento da produção industrial para 12,8 por cento em dezembro de 2011, na comparação com um ano antes, e um aumento anualizado de 18,1 por cento nas vendas do varejo.
Mas os dados oficiais também mostraram uma queda no crescimento do investimento em ativos fixos e uma desaceleração adicional na taxa de investimento imobiliário que tinha sido o principal motor da expansão econômica.
Fonte: Reuters