19.6 C
Três Lagoas
sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Ex-presidentes do Shopping Popular finalizam a novela das acusações sobre suas administrações

21/07/2015 – Atualizado em 21/07/2015

Por: Redação

Na data de hoje (21), Toninha Campos recebeu em seu Programa na Rádio Caçula, Sandra de Oliveira e Genivaldo Alves Cordeiro, ex-presidentes da Associação do Shopping Popular de Três (camelódromo), para falar sobre acusações que ambos fizeram em relação a administração de cada um.

Genivaldo Alves, mais conhecido por Cazé, disse que esteve na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas para entregar ao Secretário Luciano Dutra a prestação de contas do tempo de sua gestão na associação e transferir a presidência para João Antônio, que era vice na sua chapa.

Genivaldo ressalta que não tem nada pessoal contra Sandra de Oliveira, mas, não concorda com as ações realizadas na administração dela, sendo que, na documentação de prestação de contas de Sandra, há alguns serviços realizados por uma determinada empresa que constam o pagamento de notas fiscais em nome de outra empresa e, alguns serviços e aquisições com valores acima do valor de mercado, sem contar que um serviço foi realizado por uma serralheria que não existe no endereço do recibo de pagamento.

Segundo Genivaldo, a associação tinha muitas dividas quando ele assumiu e alguns condomínios com pagamento atrasado e constatou que o condomínio de Sandra estava atrasado há um ano e meio. Outra reclamação dos associados refere-se a falta de informações transparentes sobre serviços e pagamentos efetuados pela administração de Sandra, o que levou onze lojistas a impetrarem uma ação judicial, que ainda está em andamento.

Genivaldo enfatiza que, essas e outras atitudes levaram os associados a se reunirem em uma assembleia geral, que culminou na destituição de Sandra da presidência do shopping popular, pois ela não tinha noção de administração de pessoal e de recursos financeiros para comandar a associação.

Segundo Genivaldo, quando Sandra estava na presidência da associação, juntamente com sua diretoria, aceitaram a venda de uma loja no shopping, e essa transação comercial está registrada em documentos.

Genivaldo relatou que, ao assumir a associação, além das dividas que teve de pagar, também pagou a quantia de R$ 25,00 (vinte e cinco reais) a um chaveiro para ter acesso à secretaria do shopping, pois Sandra não forneceu as chaves.

Questionado sobre a prefeitura assumir a direção do Shopping Popular, Genivaldo respondeu que o espaço é público e a prefeitura tira e coloca quem ela quiser, mas a associação é soberana para tomar suas próprias decisões.

Sandra falou de seus nove anos trabalhando para o shopping popular e, segundo suas palavras, sem nunca pegar um centavo da associação e sempre buscou dar o melhor de si para o local e nunca fez nada sozinha, pois sempre buscava sua diretoria para tomar as decisões e, nunca presenciou venda de loja no shopping. “E se eu roubei eu quero pagar”, enfatizou Sandra.

Segundo Sandra, se Genivaldo fosse tão bom ele teria ido até o final de seu mandado e não teria renunciado do cargo e é mentira quando falam que ela não fornecia informações aos associados, sendo que, na sua administração, os documentos ficavam disponíveis para consulta dos lojistas do dia 10 ao dia 30 de cada mês.

Sobre notas fiscais com nomes de outras empresas, Sandra disse que consultou o contador que presta serviços para a associação, e ele disse que não tinha problema algum em efetuar o pagamento.

Sandra relata que há algum tempo sabia que pessoas da prefeitura e o fiscal que atua no shopping queriam tirar ela da presidência e colocar Genivaldo para obedecer as ordens da prefeitura. “Fiz o meu trabalho e saio de cabeça erguida da associação do shopping popular”, finalizou Sandra.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Firjan aponta fragilidade fiscal em parte dos municípios de MS

Apesar de avanços, 17 cidades do Estado estão em situação difícil ou crítica; Campo Grande tem desempenho preocupante

DÍVIDA ZERO – REFIS 2025 lançado pela Prefeitura de TL garante 100% de desconto no primeiro mês

Contribuintes têm até janeiro de 2026 para quitar débitos municipais com descontos progressivos em multas e juros. A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da...

Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.