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sábado, 15 de novembro, 2025

Estudantes da UFMS protestam contra corte de verbas para educação

Manifestantes bloquearam parte da BR-262, via de acesso entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul

15/05/2019 14h34
Por: Deyvid Santos

Nesta quarta-feira (15), estudantes da UFMS participaram de uma manifestação contra o corte de verbas feito pelo MEC (Ministério da Educação) em vários setores da educação. No campus de Três Lagoas (CPTL), os estudantes bloquearam parte da rodovia BR-262 em frente à universidade.

Eles não quiseram falar com a imprensa, mas informaram que o motivo da manifestação era autoexplicativo. Secundaristas, universitários, pós-graduados, professores, trabalhadores da Educação e população estiveram na mobilização.

Advogados fizeram a assessoria jurídica dos estudantes indicando onde e como eles poderiam fazer a manifestação e a forma correta de se agir. A advogada Luciene Silva e Silva, que fazia parte do grupo conversou com a reportagem e esclareceu que o grupo estava ali para garantir tanto o direito de manifestação dos estudantes, quanto o direito de ir e vir dos motoristas.

As reações dos motoristas foram diversas. Enquanto alguns se irritavam com a demora em poder seguir viagem, outros faziam questão de buzinar e apoiar os estudantes.

O Campus de Três Lagoas já começou a sentir o impacto da ação do governo, já que a maioria das pesquisas acadêmicas foi suspensa. Mesmo diante das dificuldades, professores e alunos não cogitam uma greve como a ocorrida em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff, que causou confusão no calendário escolar.

Em nota, o MEC afirmou que os bloqueios decorrem da “necessidade de o governo federal se adequar ao disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, meta de resultado primário e teto de gastos”. E disse que “o bloqueio pode ser revisto pelos ministérios da Economia e Casa Civil, caso a reforma da Previdência seja aprovada e as previsões de melhora da economia no segundo semestre se confirmem, pois podem afetar as receitas e despesas da União”.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior informou (CAPES), em nota, que vai congelar todas as bolsas ociosas para se adequar aos cortes, mas não disse quantas estão nessa situação atualmente. Além disso, reduzirá gradativamente novas bolsas para cursos que mantêm nota 3 no período de dez anos. Há 211 programas nessa situação.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, não descartou novos cortes na pasta caso a equipe econômica decida ampliar o bloqueio de recursos no caixa do governo ainda neste semestre. Questionado se uma nova rodada de represamento de verba, em virtude de uma possível revisão da taxa de crescimento, atingirá o Ministério da Educação, Weintraub disse que não tem como dizer.

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