Geral – 18/03/2012 – 11:03
Governo poderá repor prejuízos causados por motoristas que “furam” pedágios. Novo sistema será totalmente implantado em 2014
O novo padrão de pedágio eletrônico, que começa a ser implantado nas rodovias de São Paulo, pode fazer com que o governo venha a ressarcir as concessionárias de rodovias por eventuais prejuízos. A compensação financeira está prevista em contrato e deverá ser utilizada, caso haja registros de motoristas que consigam “furar” o futuro sistema.
O governo do Estado, por meio da Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), começa a implantar o sistema Ponto a Ponto, que substituirá totalmente em 2014 o sistema Sem Parar, em que o motorista não precisa parar na praça de pedágio. O valor é cobrado por meio de um dispositivo instalado no veículo, e as taxas são pagas uma vez por mês.
O futuro padrão funcionará com a instalação de pórticos com antenas ao longo das rodovias. As estruturas fazem a leitura automática da passagem de veículos, registrando a cobrança de valor proporcional ao que efetivamente for percorrido. Desta forma, a cobrança seria feita por quilômetro rodado, sem a utilização de praças de pedágio ou outro tipo de barreira.
Tarifas menores
Atualmente, o Ponto a Ponto funciona de forma experimental na rodovia Santos Dumont (SP 75), no trecho entre Itu (km 15) e Campinas (km 77,6).
De acordo com o governo estadual, o futuro sistema resultará em cobranças mais justas. Na SP-75, por exemplo, o usuário paga hoje R$ 10,10 pelos 70,5 quilômetros de via colocados a sua disposição. Com o sistema de cobrança por trecho percorrido, o usuário que sair de Indaiatuba com destino a Campinas pagará R$ 4 ao invés dos R$ 10,10 cobrados hoje.
O motorista pagaria, desta forma, somente pelo trecho que andar na rodovia. No entanto, o governo pode acabar tendo de ressarcir a concessionária da rodovia – no caso a Colinas, caso haja evasão de motoristas.
Em 2013, novas rodovias receberão o projeto piloto do Sistema Ponto a Ponto. As primeiras serão a SP-360, que liga Jundiaí à divisa com Minas Gerais; a SP-340, entre Campinas e Mococa; e a SP 332, que liga a capital à região de Campinas.
Reestruturação
Um dos problemas que serão enfrentados pelos motoristas é o pagamento de pedágios em outros Estados. Atualmente, quem assina o Sem Parar em São Paulo pode usufruir do serviços nos demais Estados atendidos pelo sistema. Com as mudanças, este benefício será extinto.
A STP, empresa que opera o Sem Parar, informa que o sistema continuará operando normalmente mesmo em 2013, quando o novo sistema começará a operar nas demais rodovias. Por causa das mudanças, a venda de novas assinaturas foram interrompidas.
A empresa informa ainda que “o Sem Parar vai tomar todas as medidas necessária de forma a garantir a comodidade, sem custo adicional para os clientes, em seus 350 pontos de atendimento”.
A Artesp não informou como seria o ressarcimento em caso de evasão de motoristas, mas informou, por meio de nota, que burlar o sistema “será quase impossível, uma vez que as câmeras instaladas nos pórticos detectam a passagem dos veículos, inclusive no acostamento, entre as faixas e até mesmo na contra mão”.
Fonte: Band
