10/07/2014 – Atualizado em 10/07/2014
Espera para fazer exames ou consultas por meio do SUS pode chegar a dois anos
Presidente do Conselho Municipal de Saúde também reclama dos principais problemas do setor
Por: Dourados News / Correio do Estado
A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Berenice de Oliveira Machado, disse que a demora para a realização de alguns exames por parte do Sistema Único de Saúde (SUS) pode chegar a dois anos no município.
“O principal problema hoje é a demora no agendamento dos exames para uma consulta ou uma cirurgia. Um exame simples, por exemplo, às vezes demora até 30 dias para ser feito. Já os exames de tomografia, ressonância, ultra-som, mamografia, ou os demais que são mais detalhados e complexos demoram bem mais. Tem também a questão das consultas nas especialidades, que às vezes demoram um, dois anos, como acontece com cardiologista, proctologista, oftalmologista e outros”, relatou.
Nesta quinta-feira (10), em torno de 1,2 mil profissionais paralisaram as atividades em protesto contra os problemas de negociação e o corte feito por parte da administração municipal nos recursos para o setor, segundo o próprio conselho.
O protesto acontece apenas hoje, mas uma nova reunião pode aprovar o indicativo de greve para os próximos dias.
Prefeitura
Na tarde de ontem (9), a prefeitura divulgou nota afirmando que os investimentos feitos na saúde são superiores ao que a lei determina. Segundo a administração municipal, são aplicados oito pontos percentuais a mais do seu orçamento para o setor. Por lei deveria investir 15%, mas esse índice está em 23%.
“Nós temos a gestão plena da saúde pública, mas os recursos a serem aplicados são tripartites (responsabilidade do Estado, União e município). Nós estamos fazendo a nossa parte e um pouco mais, por isso reivindicamos maior participação do Estado e da União”, afirmou em nota o secretário de Saúde Sebastião Nogueira.
Ainda conforme o informativo, a prefeitura está em fase final de ativação da UPA 24h e assumindo a administração do Hospital da Vida.
Hoje, data do protesto dos servidores da saúde, o prefeito em exercício Odilon Azambuja e o secretário Sebastião Nogueira embarcam para Brasília, onde acompanham uma agenda do governador André Puccinelli (PMDB), que reivindicará mais investimentos federais para atendimento de alta complexidade.
