O principal suspeito pelo crime, marido de Laís, foi preso em flagrante
Laís de Jesus Cruz, de 20 anos, encontrada morta enterrada no fundo de casa, em Sonora, foi golpeada com mata-leão e teve a cabeça atingida com um objeto contundente utilizado como arma, conforme necropsia realizada no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) de Coxim.
O marido da vítima, o personal trainer Pabilo dos Santos Trindade, 35 anos, foi preso em flagrante com principal suspeito. Ele já respondia a dois processos por ameaça (em fevereiro) e agressão (em abril) contra Laís.
O personal nega que tenha cometido o crime, apesar de confessar que ocultou o cadáver. Laís foi enterrada no quintal da residência onde o casal vivia, no Bairro Flávio Derzi. Para ocultar o cadáver, o suspeito contratou uma pessoa para cavar um buraco de 2 metros, alegando que faria fossa séptica.
O caso foi descoberto ontem (4), um dia após a mãe da vítima registrar boletim de ocorrência por desaparecimento. A morte de Laís aconteceu na segunda-feira (2), após uma discussão com o marido. Na versão do suspeito, o casal discutiu e Laís foi para o quarto. Logo depois, ele entrou no cômodo, encontrou a esposa morta e decidiu ocultar o cadáver, o que aconteceu no dia seguinte, terça-feira (3).
Pabilo passou a noite de segunda para terça com o corpo dentro de casa, mas não teve coragem de dormir no quarto em que ela estava. Ele enrolou o cadáver num cobertor, deixou no quarto e foi dormir na sala. A versão apresentada pelo suspeito não convence a polícia. O casal tem um filho, de 2 anos, que no dia do crime estava com a avó materna.
Feminicídio
A morte de Laís acontece durante a Campanha Agosto Lilás, criada em alusão a Lei Maria da Penha. A campanha nasceu com o objetivo de alertar a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher, incentivando as denúncias de agressão, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e patrimoniais.
Como denunciar um caso de violência doméstica
A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em delegacias e órgãos especializados, onde a vítima procura amparo e proteção. O Ligue 180, central de atendimento à mulher, funciona 24 horas por dia, é gratuito e confidencial. O canal recebe as denúncias e esclarece dúvidas sobre os diferentes tipos de violência aos quais as mulheres estão sujeitas.
Mesmo se a vítima não registrar ocorrência, vizinhos, amigos, parentes ou desconhecidos também podem utilizar o Ligue 180 ou ir a uma delegacia para denunciar uma agressão que tenham presenciado. O autor da denúncia pode ser ainda o Ministério Público. Após mudanças recentes na Lei, a investigação não pode mais ser interrompida, ainda que a vítima desista da ação.
Os casos podem ser denunciados tanta para a Polícia Militar pelo 190 como também pelo Disque Direitos Humanos – o Disque 100.
Informações do site Campo Grande News