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segunda-feira, 6 de maio, 2024

“Tchau Sonora”, postou suspeito em perfil da esposa para esconder assassinato

Suspeito de assassinato alega suícidio após discussão, porém, confessa ter cavado buraco para enterrar corpo da namorada

Para despistar familiares e até a polícia, Pablo Santrin, de 35 anos, suspeito do assassinato da própria esposa e enterrar o corpo nos fundos de casa, confessou ter se passado pela vítima em conversas de celular e também nas redes sociais. Inclusive, mensagem publicada no perfil de Laís de Jesus Cruz, de 29 anos, no Instagram, simulava despedida da cidade onde o assassinato aconteceu.

“Tchau Sonora. Aqui não volto nunca mais”, diz mensagem compartilhada na rede social. O “recado” foi publicado um dia após a morte de Laís.

Conforme o delegado Murilo Jorge Vaz Silva, a relação entre autor e vítima já dura anos, porém, conforme relatos de familiares, o relacionamento estava gasto. “Eles têm um filho, de dois anos, mas a convivência era desarmoniosa. Na segunda, tiveram discussão envolvendo uma ex-namorada e ele fala que foi até a sala, depois, quando abriu a porta do quarto, ela já estava morta”, revela a autoridade policial ao ressaltar que o suspeito nega ter matado a mulher, porém, confessa a ocultação de cadáver.

Mensagens publicadas no perfil da vítima, no Instagram. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Depois do crime, o corpo de Laís foi enterrado pelo companheiro nos fundos da residência onde o casal morava. A situação foi descoberta após equipe policial desconfiar das atitudes do suspeito, personal trainer na cidade, e também de características na casa.

“Quando chegamos na casa, hoje, a intenção era apenas conversar com ele, saber do paradeiro dela. Mas ele começou a demonstrar nervosismo, não conseguia ficar em pé, bebia muita água, foi quando pedimos para olhar a casa e ele deixou. Em um dos quartos, o cheiro de água sanitária era forte. Além disso, no fundo percebemos a terra ‘fofa’. Começaram a cavar, ele ainda falou que não era para fazer isso, mas acabou confessando que enterrou o corpo”, explica o delegado.

O corpo foi jogado em buraco com aproximadamente dois metros de profundidade. Durante todo o momento, Pablo não apresentava reação de arrependimento. “Não esboçava reação, comportamento normal, não teve choro”, conta Murilo Jorge.

Apesar de negar a morte, à polícia, o suspeito confessou ter agredido a vítima em outras situações e alegou ter enterrado o corpo por medo da família de Laís não acreditar em possível suicídio. Perícia e equipes policiais estão no local onde o corpo foi encontrado e aguardam a chegada da funerária para desenterrá-lo totalmente.

Corpo foi enrolado em edredons antes de ser enterrado nos fundos de casa (Foto: Sidney Assis)
Local onde buraco de cerca de 2 metros foi aberto para enterrar corpo da vítima. (Foto: Sidney Assis)

Feminicídio – A morte de Laís acontece durante a Campanha Agosto Lilás, criada em alusão a Lei Maria da Penha. A campanha nasceu com o objetivo de alertar a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher, incentivando as denúncias de agressão, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e patrimoniais.

Como denunciar um caso de violência doméstica

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em delegacias e órgãos especializados, onde a vítima procura amparo e proteção. O Ligue 180, central de atendimento à mulher, funciona 24 horas por dia, é gratuito e confidencial. O canal recebe as denúncias e esclarece dúvidas sobre os diferentes tipos de violência aos quais as mulheres estão sujeitas.

Mesmo se a vítima não registrar ocorrência, vizinhos, amigos, parentes ou desconhecidos também podem utilizar o Ligue 180 ou ir a uma delegacia para denunciar uma agressão que tenham presenciado. O autor da denúncia pode ser ainda o Ministério Público. Após mudanças recentes na Lei, a investigação não pode mais ser interrompida, ainda que a vítima desista da ação.

Os casos podem ser denunciados tanta para a Polícia Militar pelo 190 como também pelo Disque Direitos Humanos – o Disque 100.

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Informações do site Campo Grande News

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