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Em nova oitiva, tia nega maus-tratos a criança que morreu em Dourados

01/08/2016 – Atualizado em 01/08/2016

Por: Marcio Ribeiro com G1

A tia da criança vítima de maus-tratos, abuso sexual e que morreu na semana anterior em Dourados, a 214 km de Campo Grande, prestou novo depoimento à polícia nesta segunda-feira (01). Diferente da outra vez em que falou sobre o caso, a mulher negou participação nos crimes de maus-tratos à sobrinha de três anos.

“Ela coloca a culpa no companheiro [tio da criança]. Diz que ele fez as agressões. Ela diz que só assumiu a autoria da outra vez porque estava sendo ameaçada pelo marido”, afirmou ao G1 a delegada Paula Ribeiro dos Santos Orue.

Ainda de acordo com a delegada, o laudo apontou que a menina morreu por desidratação e desnutrição. Em depoimento a tia negou e disse que alimentava a menina três vezes ao dia.

Sobre a suspeita de abuso sexual, a delegada diz que a mulher afirmou não ter visto o marido cometer o crime. “Ela disse que ele apenas falou que ia praticar o abuso. Não chegou a ver. E não denunciou por medo”, explicou Paula Ribeiro.

O tio deve prestar um novo depoimento nesta terça-feira (2). Ele e a mulher continuam presos. Ela deve ser transferida da 1º DP, onde está isolada em uma cela por questões de segurança. A polícia não informou para onde e quando a transferência deve acontecer.

Entenda o caso

A criança foi levada na última quinta-feira (28) para o hospital da reserva indígena, porque, segundo os tios, a menina teria sofrido um acidente de bicicleta. No hospital, conforme o registro policial, os médicos constataram que a criança tinha fratura no maxilar e em uma das pernas, hematomas no rosto e vestígios de violência sexual. O Conselho Tutelar foi acionado e avisou a polícia.

A criança foi transferida para o Hospital da Vida devido à gravidade dos ferimentos, mas não resistiu e morreu à noite. Os suspeitos foram presos também na mesma noite, em casa, na aldeia Bororó.

Os suspeitos são tios da criança. Ele é irmão da mãe da menina e ela, esposa dele. O casal tem a guarda da pequena desde 2 de dezembro de 2015, segundo boletim de ocorrência, porque a mãe dela está presa.

Chinelo da vítima encontrado próximo a sua residência em aldeia indígena (Foto: Reprodução / TV Morena)

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