26.2 C
Três Lagoas
sexta-feira, 2 de maio, 2025

Desafios legais na gestão de contratos emergenciais durante uma calamidade pública

Um olhar em Nova Friburgo, de 2011, e o impacto nas inundações do Rio Grande do Sul

As enchentes representam momentos críticos que exigem uma resposta rápida e eficaz por parte das autoridades públicas. No entanto, a gestão de contratos emergenciais durante essas situações pode tornar a vida do gestor, um problema de anos com os órgãos de controle. O caso de Nova Friburgo durante sua enchente, em 2011, e a atual situação no Rio Grande do Sul, exemplificam os desafios da conduta ética e verossímil de um ato urgente e “heroico” de um gestor perante a população.

No exemplo das enchentes de Nova Friburgo, há processos administrativos e judiciais, até hoje, após 13 anos, que perturbam a mente de gestores e empresários da cidade. Um ato administrativo para o bem comum ou um “ato falho” para o resto da vida?

Em situação de emergência, os gestores, muitas vezes, se veem obrigados a tomar medidas imediatas para fornecer recursos essenciais à população afetada. No entanto, a burocracia e a rigidez dos procedimentos legais podem impedir a rápida aquisição de bens e serviços básicos. Um exemplo claro é, na falta de infraestrutura administrativa, onde computadores e  energia elétrica possam estar comprometidos, como contratar serviços básicos para as necessidades vitais da população batendo à porta? Como um gestor, na tutela de guardião do bem-estar comum, pode pensar na abertura de um processo administrativo, que tramite por longo período, e ainda tire a população da calamidade que o afronta como cidadão?

Na administração pública, por mais que os processos emergências sejam mais flexíveis, à casos que, nem mesmo a legalidade ditada pelos legisladores, consegue contornar uma aferição minuciosa, que cause danos na vida de um gestor público. O Apagão das Canetas como uma pretensa paralisia decisória do administrador público trás, neste diapasão, o enfretamento da  gestão interposta pelos órgãos de controle e a vida do cidadão.

As ameaças punitivas devem ser tratadas, antes de qualquer intempérie, como uma reflexão aos ditames e a colaboração dentre os diversos poderes perante a iminência de possíveis catástrofes climáticas.

Não há como deixar de falar da falta de saneamento e infraestrutura sanitária que assola nossas cidades brasileiras. É certo que esta catástrofe climática não foi e nunca será a última. Resta saber até onde conseguiremos, em uma emergência, ajudar a população que tanto suplica por atenção, ou seguir adiante, sem ter a coragem do enfrentamento para as decisões que devam ser tomadas em um gabinete de crise, sem eira nem beira.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Mulher denuncia marido por cárcere e agressão, mas acaba detida após atacar sogra com criança no colo

Caso revelou histórico de conflitos e acusações cruzadas durante registro de ocorrência no Lapa nesta quinta-feira, 1°.

Liberdade de imprensa melhora no Brasil, mas cenário mundial é o pior já registrado

O Brasil avançou 47 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), passando da 110ª colocação...

STF concede prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente Fernando Collor

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu na última quinta-feira (1º) prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente da República Fernando Collor...