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Comprovada eficácia da retirada das mamas na luta contra o câncer

16/02/2014 – Atualizado em 16/02/2014

Por: OTempo

A atriz norte-americana Angelina Jolie surpreendeu o mundo ao anunciar, em um artigo no jornal “The New York Times” publicado em maio do ano passado, que fez a retirada das duas mamas como forma de prevenção ao câncer. A escolha de Angelina gerou grande repercussão e debate sobre esse tipo de prevenção. Mas em um estudo publicado ontem no “British Medical Journal”, a dupla mastectomia aparece, de fato, como forte aliada contra a doença.

De acordo com resultados do estudo, 87 em cada 100 mulheres que se submetem a uma dupla mastectomia imediatamente após a detecção precoce de um câncer de mama continuam vivas 20 anos depois do procedimento.

No caso da retirada de apenas um seio, a proporção cai para 66 em cada 100 pacientes, segundo os resultados do estudo, que foi realizado por cientistas norte-americanos e canadenses.

Mutação. Os pesquisadores apontam que cerca de 0,2% das mulheres têm duas mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam entre 60% e 70% as possibilidades de ter um câncer de mama e favorecem o aparecimento de um segundo câncer.

“Chegamos à conclusão de que é razoável propor mastectomias bilaterais como tratamento inicial às mulheres com um câncer em estado precoce e que têm as mutações BRCA1 e BRCA2”, escrevem os cientistas autores do estudo.

De acordo com a agência de notícias France Presse, o estudo foi realizado entre 1975 e 2009 com 390 mulheres. Do total, 44 se submeteram a uma dupla mastectomia imediatamente depois de terem um câncer diagnosticado, e as outras 346 só retiraram um seio. Dessas últimas, 137 precisaram retirar o outro seio posteriormente.

Escolha. Essas mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 levam todos os anos milhares de mulheres a se submeterem a mastectomias preventivas, como foi o caso da atriz norte-americana.

No artigo “Minha escolha médica”, Angelina afirma que descobriu que tinha uma mutação genética no BRCA1. Ela ainda destacou a morte da mãe devido à doença, aos 56 anos.

O médico da atriz estimava que ela tinha um risco de 87% de ter câncer de mama e de 50% de ovário. Com a dupla mastectomia, o risco de um tumor mamário caiu para 5%. “Uma vez que eu sabia que essa era a minha realidade, decidi ser proativa para minimizar o risco tanto quanto eu poderia. Tomei uma decisão de ter uma dupla mastectomia preventiva”, disse ela. A cirurgia incluiu a reconstrução dos seios com implantes.

Flash

Restrito. O estudo sobre a mamografia não pode ser considerado para todos os países, mas os cientistas recomendam aos governos que revejam seus programas de prevenção.

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