Estudo do Sebrae/MS e IPF-MS revela aumento no número de consumidores que vão presentear, mas identifica comportamento mais cauteloso
As festas de fim de ano devem injetar R$ 824 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, segundo a Pesquisa de Intenção de Consumo para o Natal e Ano Novo 2025, realizada pelo Sebrae/MS em parceria com o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS). O levantamento estima que R$ 226 milhões sejam destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às celebrações de Natal e R$ 354 milhões aos festejos de Ano Novo.
O estudo mostra que 78% dos entrevistados pretendem comemorar o Natal, com gasto médio de R$ 206,35. As confraternizações devem ocorrer majoritariamente na casa de familiares e amigos, com refeições preparadas no próprio lar. Sobre compras de presentes, 69% afirmam que irão às lojas, com previsão média de gasto de R$ 217,36. Os itens mais procurados são brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos. As lojas físicas seguem como preferência para 66% dos consumidores, principalmente no centro das cidades e nos shoppings.
Para o analista-técnico do Sebrae/MS, Paulo Maciel, o comportamento registrado oferece pistas importantes para os pequenos negócios. Ele destaca que 55% dos consumidores priorizam qualidade e buscam condições especiais para pagamento à vista. Segundo ele, os empresários precisam reforçar estoques e oferecer facilidades que ajudem a atrair o público.
Em relação ao Ano Novo, 80% dos entrevistados planejam celebrar a data, com gasto médio estimado em R$ 294,19, principalmente com alimentação e encontros familiares. Viagens devem ser realizadas por 32% das pessoas, com 64% delas permanecendo dentro do Estado.
Apesar do impacto financeiro expressivo, o volume total movimentado deve ser 38% menor que o registrado em 2024, o que indica maior cautela por parte dos consumidores. Para a economista do IPF-MS e coordenadora da pesquisa, Regiane Dedé de Oliveira, o cenário revela um consumidor que reorganiza prioridades sem abrir mão das tradições. Ela afirma que o comércio deve apostar em ofertas competitivas e experiências de compra que agreguem valor.
A pesquisa também avaliou o destino do 13º salário: 63% dos entrevistados afirmam que receberão o benefício e pretendem destiná-lo principalmente à poupança, à quitação de contas e às despesas de início de ano. Apenas 11% usarão o recurso especificamente nas celebrações de fim de ano.
O levantamento ouviu 1.982 pessoas entre 3 e 13 de novembro em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Bonito, Corumbá/Ladário e Três Lagoas, com margem de erro entre 5% e 6% e intervalo de confiança de 95%.
com informações agência Sebrae MS


