04/08/2016 – Atualizado em 04/08/2016
Por: Marcio Ribeiro com ESPN
Foram noventa minutos.
Poderiam ter sido outros noventa, 180 ou 270. Mesmo com o trio Neymar, Gabriel Jesus e Gabigol, a sensação que se teve é de que o placar seguiria inalterado. Em sua estreia na caça à medalha de ouro, o Brasil decepcionou mais de 60 mil torcedores, não foi nada do que se desenhava e não saiu de um empate por 0 a 0 com a África do Sul, nesta quinta-feira, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Detalhe: com um a mais desde os 14 minutos do segundo tempo, após expulsão do sul-africano Mvala. E, ainda assim, passando sufoco.
Não foi o caos defendido pelo técnico Rogério Micale, com a troca de posição incessante entre os atletas resultando em incomôdo no adversário. A movimentação até aconteceu, mas esbarrou no excesso de individualidade para que a inflitração na defesa viesse.
Preso no lado esquerdo, Neymar não conseguia fugir da marcação.
O principal destaque do primeiro tempo acabou sendo Thiago Maia, do Santos. Um detalhe sintomático do que foi o Brasil considerando que se trata de um dos poucos atletas cuja função não é driblar e finalizar. Ele venceu todas as divididas no meio-campo, no entanto.
A seleção olímpica foi um pouco disso: mais transpiração e menos, muito menos inspiração.
Logo aos três minutos, o primeiro susto: Felipe Anderson falhou no meio, Marquinhos recuou mal para trás e Rodrigo Caio foi traído pelo tempo de bola. Mothiba saiu na cara do gol, mas Weverton abafou o lance.
O time comandado por Micale avançava até a zona intermediária, mas não furava a retranca. Somente aos 17, ele chegou em enfiada de Gabigol e corrida em velocidade de Gabriel Jesus. No cruzamento, a defesa cortou antes de Neymar.
O atacante da Vila Belmiro era quem mais chamava a responsabilidade.
