Geral – 07/03/2012 – 11:03
Aproximadamente 70 ciclistas estão participando de uma manifestação nacional contra a violência e as mortes no trânsito, em Campo Grande.
De acordo com Sérgio Paraná, um dos organizadores do protesto, um dos objetivos do grupo é pedir a construção de mais ciclovias na cidade.
Durante o trajeto, os participantes bloquearam o cruzamento da rua 13 de Maio com a avenida Afonso Pena, deitando no chão e levantando as bicicletas com as mãos.
As manifestações estão sendo organizadas em pelo menos 30 cidades no país, para lembrar as mortes de ciclistas que aconteceram na semana passada – em São Paulo, Brasília e no Pará.
O protesto começou com 1h30 de atraso, já que a manifestação estava marcada para começar às 19 horas (horário de MS).
O grupo reuniu-se no canteiro cruzamento das avenidas Duque de Caxias e Afonso Pena, vias de grande fluxo de trânsito.
Os manifestantes seguem até o pontilhão da rua Ceará e vão voltar até o ponto de partida.
Segundo Paraná, os participantes vão seguir pela faixa da direita, sem acompanhamento da Companhia de Policiamento de Trânsito da Capital (Ciptran).
Paraná disse que chegou a entrar em contato com a Polícia Militar, para ter a presença dos policiais, mas não enviou o ofício com o pedido formal e, por isso, seguiram sem reforço policial.
Paraná diz que o protesto é necessário não somente para a pessoa que usa a bicicleta para o lazer.
“Nós estamos fazendo isso pensando não só no ciclista que passeia, mas no trabalhador também, que está sendo esquecido.
Nosso pedido é a construção de uma ciclovia no canteiro central da avenida Afonso Pena”, avalia.
A nutricionista Tatiana Machado, 34 anos, participa da manifestação com um amigo.
Até dezembro do ano passado, Tatiana não era adepta do ciclismo.
“Comecei a me superar a cada dia, sempre fui sedentária. Hoje consigo manter meu peso fazendo uma coisa divertida e indico pra todo mundo”.
Na rotina diária, Tatiana usa carro, mas diz que aprendeu a respeitar o ciclista.
“Eles querem que a gente ande só no parque, acham que não temos que estar na rua.
Na cabeça deles, nós estamos no lugar errado”, conta.
Fonte: G1