Expansão de testagem e investimentos em prevenção acompanham o crescimento populacional e polo industrial em municípios como Ribas, Inocência e Três Lagoas
Mato Grosso do Sul registrou 130 novos casos de HIV/AIDS no primeiro semestre de 2025 — aumento de aproximadamente 14% em relação ao mesmo período anterior.
A elevação não indica necessariamente mais infecções, mas sim mais pessoas sendo testadas, graças à expansão da rede de saúde.
Em 2024, o estado distribuiu cerca de 120 mil testes rápidos de HIV e mais de 2,3 milhões de preservativos, incluindo 40 mil internos.
A PrEP (medicação preventiva antes do contato com o vírus) já está disponível em 40 unidades, incluindo 16 no interior, com cobertura prevista para crescer.
Segundo a gerente de IST da SES-MS em entrevista ao Campo Grande News, “testar continua sendo o ponto principal: ainda há muita gente que não sabe que tem o vírus”.

O que isso tem a ver com Ribas, Inocência e Três Lagoas?
Esses municípios estão passando por um boom industrial, especialmente com indústrias de celulose e mineração. Inocência, por exemplo, cresceu muito com a instalação de uma fábrica, gerando 1.525 empregos em 2024 e atraindo muitos trabalhadores do interior.
Esse aumento populacional e fluxo de pessoas exige que a saúde pública acompanhe, com mais testagem, prevenção e monitoramento, em cidades que antes tinham cobertura limitada.
Por que as testagens são importantes?
- Identificar mais cedo reduz o risco de transmissão.
- Permite colocar pessoas em tratamento rapidamente.
- Ajuda a mapear áreas com maior circulação de caso.
Com o crescimento acelerado no interior, especialmente em polos como Ribas, Inocência e Três Lagoas, o desafio é manter a atenção na testagem em massa, na PrEP eficiente e no acesso ao diagnóstico precoce, garantindo que o avanço econômico não se traduza em aumento de casos silenciosos de HIV.
Com informações do Campo Grande News