03/08/2015 – Atualizado em 03/08/2015
Caso aconteceu na última quinta-feira (30) e dividiu opiniões
Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula
A morte de um Pit Bull na última quinta-feira (30) dividiu opiniões do povo Três Lagoense e se tornou um assunto muito discutido e comentado nas redes sociais e rodas de amigos na cidade.
O caso foi denunciado através de uma página do Facebook voltada a proteção dos animais de Três Lagoas e a princípio a informação seria de que um cachorro da raça Pit Bull havia sido morto com um tiro de espingarda na cabeça e que o responsável pelo crime teria atirado o corpo do animal dentro de um rio no bairro Jupiá.
Após tomar conhecimento do caso, o vereador de Três Lagoas (MS), Beto Araújo (PSD), compareceu no quartel da Polícia Militar para relatar o acontecido e solicitar que uma guarnição se deslocasse ao endereço onde o crime teria acontecido.
Diante da denúncia a Polícia Miliar se deslocou até o endereço informado, localizado na Rua Jorge Elias Seba, no bairro Jardim Alvorada em Três Lagoas (MS), onde realizou todos os procedimentos cabíveis e constatou que o animal realmente foi morto porém não ouve uso de arma de fogo.
Na manhã desta segunda-feira (3) a responsável pela morte do animal, identificada como Marta Regina Silveira de 43 anos, conversou com a equipe de reportagem da Rádio Caçula e nos contou o que realmente aconteceu naquele fatídico final de tarde.
Marta relatou que o cachorro da raça Pit Bull pertencia ao seu vizinho da frente e que o animal era muito agressivo e por este motivo ficava preso por uma corda mas que nos últimos dias passou a roer a amarra e conseguia fugir de seu quintal.
Na última terça-feira (28) a família de Marta recebeu a primeira visita do animal que foi direto ao seu portão e tentou atacar Penélope, sua cadela de 1 ano, e felizmente na ocasião o dono do Pit Bull estava em casa e rapidamente correu para separar os animais. Após o ataque a cadela ficou com um ferimento na região da cabeça e o proprietário do Pit Bull se ofereceu para levar Penélope ao veterinário e pagar por seu tratamento.
De acordo com Marta nesta ocasião, seu marido conversou com o proprietário do Pit Bull e informou que o cão roía a corda que o prendia e conseguia fugir de seu quintal e para ajudar o vizinho ofereceu uma corrente de metal que a família possui mas não usava.
Por volta das 18h da última quinta-feira (30) a família estava dentro de casa quando ouviram os latidos de desespero de Penélope e ao saírem para o quintal viram que o Pit Bull tinha colocado a cabeça para dentro da grade de sua casa e estava atacando a cadela.
Marta nos conta que no momento em que o ataque aconteceu seu vizinho não estava em casa e que ela tentou fazer de tudo para separar a briga e salvar sua cachorrinha e neste momento de desespero viu um pedaço de telha que estava próximo a ela e atirou contra o cachorro, que de pronto soltou seu animal.
Durante o ataque Penélope e Marta ficaram feridas e passado a emoção e desespero do ocorrido, a mulher viu que o Pit Bull havia sido atingido na cabeça e que pouco tempo depois veio a falecer.
A mulher conversou com seu vizinho que ficou muito triste mas que compreendeu que o ocorrido foi uma fatalidade e que de forma alguma Marta teve a intenção de ferir e muito menos matar o animal.
Marta nos conta que o Pit Bull estava muito debilitado por conta da doença do carrapato que avia contraído e estava se recuperando e afirma que em circunstancias normais o ferimento que o animal teve não levaria a seu óbito.
Em relação ao desaparecimento do corpo do animal morto, Marta nos conta que o caso aconteceu por volta das 18h 30m e que as denúncias na internet e a chegada da Polícia para verificar o crime aconteceu por volta das 23h. Neste período os vizinhos se entenderam e julgaram que a melhor a ser feio era descartar o corpo do animal.
O caso poderia ter sido mais grave, no local existem crianças brincando nas ruas e o cachorro poderia ter atacado uma delas.
O caso é grave e o proprietário do Pit Bull também pode ser responsabilizado pelo crime, já que o animal era agressivo e não estava devidamente preso.
CALUNIA
Marta informou a equipe de reportagem que esta profundamente chateada com a repercussão que esta fatalidade tomou e mais ainda com as calunias que foram ditas a respeito de sua família, sendo que algumas pessoas afirmaram inclusive que seu marido era traficante e bandido.
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