Homicídio ocorreu há dois anos, em abril de 2017 e ceifou a vida do jovem Jackson Ribeiro Sampaio, conhecido como “Cara de Rato”
12/06/2019 11h38
Por: Deyvid Santos
TRÊS LAGOAS (MS) – A Operação Quinto Mandamento, deflagrada pela Polícia Civil na manhã da última terça-feira (11) em Três Lagoas (MS), busca a elucidação de diversos crimes praticados pelo crime organizado no município. Entre esses crimes está o homicídio de Jackson Ribeiro Sampaio, conhecido como “Cara de Rato”, em 2017, além de outras tentativas de homicídio.
As investigações da Polícia Civil levaram a identificação de membros do crime organizado em Três Lagoas. Os mandantes da execução de Jackson teriam contatado o chefe da organização criminosa Palavra, e encomendado o crime, uma vez que o jovem era acusado da prática de diversos furtos no bairro Santa Rita.
Com as informações em mãos, os policiais organizaram a Operação, com o apoio do 2º Batalhão de Polícia Militar, do Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros), do Batalhão de Choque e da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
Durante a Operação foram cumpridos 14 mandados de prisão e um de busca e apreensão de menor de idade, além de 12 mandados de busca e apreensão de objetos. Dois estudantes e uma dona de casa estão entre os possíveis autores do crime. Celulares e drogas foram apreendidos.
O soldador R. M. S. (26) e seu irmão, o comerciante R. H. M. (30), foram apontados nas investigações como possíveis mandantes da execução.
Ações também ocorreram no Presídio de Segurança Máxima em Campo Grande (MS). Em Três Lagoas, a Operação contou, ao todo, com cerca de 90 policiais.
Com as investigações, a Polícia também descobriu outros crimes praticados pelo grupo, incluindo um tribunal do crime que foi impedido por policiais no dia 26 de abril, onde 14 pessoas foram detidas.
CASO JACKSON
O corpo de Jackson foi encontrado em 29 de agosto de 2017 às margens de uma estrada vicinal próxima a BR-158, que dá acesso ao “Porto de Areia”. O jovem foi alvejado com três disparos de armas de fogo e teria sido torturado antes da execução.
As informações, na época era de Jackson era usuário de drogas e teria praticado o furto de algumas baterias de veículos na região. Vítima desse furto, as investigações apontam que um comerciante teria acionado o PCC (Primeiro Comando da Capital – Organização Criminosa) e a vítima teria sido torturada e executada em uma espécie de “Tribunal do Crime”.
Confira na íntegra a coletiva de imprensa realizada sobre a Operação 5º Mandamento
