27/04/2018 11h51
Idevaldo Caludino é acusado de “carteirar” SUS para passar seus eleitores na frente de outros pacientes
O ex-vereador, seus assessores e uma funcionário do CEM devem devolver R$ 200 mil aos cofres públicos
Por: Ana Carolina Kozara
Acusado de usar o cargo para manipular a fila de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), o ex-vereador de Três Lagoas Idevaldo Claudino e seus assessores estão sendo denunciados pelo Ministério Publico Estadual pelos crimes de advocacia administrativa, prevaricação e associação criminosa.
A denúncia criminal é do promotor de justiça Luciano Anechini Lara Leite, e o documento foi entregue ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) em março de 2018 sob o protocolo 08013136020188120021.
As investigações apontaram que Idevaldo, em conjunto com os funcionários de seu gabinete, se associaram com a então coordenadora do Centro de Especialidades Médicas (CEM) para “encaixar” os eleitores do ex-vereador em vagas de emergência ou desistência, passando na frente de pacientes que aguardavam na fila de agendamento de consultas.
De acordo com o documento encaminhado ao TJMS, Idevaldo utilizava seu prestigio político para conseguir vagas em beneficio próprio, para assim, aumentar o seu cacife político junto aos cidadãos atendidos.
Idevaldo ocupou o cargo de vereador entre os anos de 2013 e 2016 e conforme foi apurado pelo Ministério Público as praticas foram corriqueiras e se estenderam por todo o seu mandato.
Além de Idevaldo, nove assessores e a coordenadora do CEM respondem pelos crimes.
A justiça determinou que o grupo deve devolver R$200 mil aos cofres públicos, corrigidos desde a data do termino do mandato, a titulo de indenização moral coletiva.
