27/04/2018 09h14
No Paraná, a Kurica é alvo de uma investigação que bloqueou R$ 150 mil de uma promotora
Por: Da Redação
A Empresa Kurica Ambiental, que está sendo investigada pelo Ministério Público (MP) do Paraná (PR), é responsável por coleta de lixo e mantém contratos para execução do serviço em cinco cidades do Mato Grosso do Sul. Os contratos somam R$ 4,2 milhões ao ano.
Na última quarta-feira (24), a Justiça determinou o bloqueio de R$ 150 mil da promotora Solange Vicentim, de Londrina (PR), que é acusada de favorecer a empresa que faz a coleta de lixo naquele município. As informações foram divulgadas pelo site G1.
Segundo o MP do Paraná, as negociações entre a promotora e a Kurica Ambiental ocorreram em 2015, quando um contrato de coleta de lixo em Londrina havia acabado. A empresa aparece com contratos vigentes desde 27 de novembro de 2017 com os municípios de Água Clara (R$ 576 mil); Inocência (R$ 360 mil); Paranaíba (R$ 2,1 milhões); Ribas do Rio Pardo (R$ 840.000,00) e Selvíria (R$ 33 mil).
Os valores constam na edição do Diário Oficial da Associação dos Municípios de MS (Assomasul), de 1º de dezembro de 2017. As partes envolvidas são o Cidecol (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste), que engloba cidades da Costa Leste de MS, e o Consórcio Kurica/Buriti.
A empresa que aparece nas investigações paranaenses é a Kurica Ambiental, enquanto na publicação do Diário Oficial aparece Kurica/Buriti. Ambas as empresas são do mesmo grupo, a primeira tendo sede em Londrina e a segunda no município de Três Lagoas (MS).
O secretário executivo do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste, Mauro Gilberto Bremm, afirmou que 13 empresas chegaram manifestar interesse no contrato. Contudo, a Kurica Buriti foi a única a apresentar proposta quando a licitação dos municípios sul-mato-grossense foi aberta. As cidades foram colocadas na mesma concorrência como forma de tentar reduzir o preço final, afirma.
Investigação
A apuração do Paraná aponta que a promotora alvo do bloqueio era responsável pela promotoria do Meio Ambiente. Ela teria pressionado a prefeitura de Londrina para que a Kurica fosse contratada para prestar o serviço de coleta de lixo.
Ainda segundo o G1, a promotora teria defendido a coleta com uso de transbordo, cuja capacidade técnica já havia sido informada pela empresa antes de vencer a licitação. A Justiça concluiu que não parecia admissível que um membro do MP sugira contratação de uma determinada empresa, valendo-se da autoridade de seu cargo.
Com informações do site Campo Grande News
