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sexta-feira, 25 de julho, 2025

Para sustentar a família, trabalhadores se expõe ao risco e viajam sem condições de segurança pela BR-158

15/07/2016 – Atualizado em 15/07/2016

Os vigilantes reclamaram das más condições no transporte que precisam ser pagos por eles mensalmente

Por: Redação

Vigilantes de uma empresa terceirizada com sede em Uberlândia-MG que presta serviço para uma grande fábrica de papel e celulose às margens da BR-158, na zona rural de Três Lagoas, procuraram a reportagem do site TL Notícias para denunciar às más condições no transporte até o local de trabalho.

A DENÚNCIA

A denúncia indica que o problema vem ocorrendo há meses e não bastando todas as dificuldades, os funcionários precisam pagar cerca de R$ 74,00 pelo serviço, que segundo eles, deveria ser oferecido gratuitamente pela empresa em que trabalham.

O ônibus de uma companhia sediada no bairro Santa Rita em Três Lagoas foi cedido para fazer a locomoção dos trabalhadores que chegam ao ponto de embarque sempre às 04h da madrugada de cada dia. Após o embarque de 20 vigias – que trabalham em cada plantão – inicia a angústia e medo em saber dos riscos de acidentes que poderá ocorrer no mais de 25 km até o final do trajeto.

Mesmo por ter um dos contratos mais caros de prestação de serviço com a multinacional, o ônibus que transporta os passageiros é um Volks/Busscar com fabricação ano 2008.

“Este veículo já está desgastado. Outro problema é que a empresa troca constantemente os motoristas que nem mesmo sabe o trajeto para pegar todos nós em cada ponto. Temos que viajar em pé e muitas vezes sentados, devido à superlotação, pois no ônibus também anda outros passageiros que não são da nossa empresa. Nem cinto de segurança nos bancos temos, o que gera grande risco de morte em casos de acidentes. Estamos indignados”.

INFRAÇÕES DE TRÂNSITO

As duas infrações mostradas através das fotos devem ser fiscalizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que já foi comunicado sobre os riscos, principalmente por se tratar de uma rodovia federal.

Os vigilantes também reclamaram que não tomam café da manhã no trabalho e precisam esperar por 12h para fazer a primeira refeição.

VERSÃO DAS EMPRESAS

Como forma de ouvir a versão das duas empresas que possuem escritórios em Três Lagoas, a reportagem entrou em contato com a empresa de ônibus e tentou falar responsável Rogério, mas o mesmo não foi encontrado.

Na empresa de segurança ocorreu o mesmo. O gerente da unidade, Claudinei, não foi localizado.

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