11/07/2016 – Atualizado em 11/07/2016
Por: Marcio Ribeiro com G1
O Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, não tem autorização e credenciamento para tratamento oncológico pediátrico. Há um ano o hospital deixou de atender novos casos que já chegaram a 35. Apenas duas crianças fazer o tratamento na unidade, segundo a direção, por já terem iniciado.
“Ele não está credenciado para atender pediatria porque ele não tem toda estrutura que a portaria ministerial exige para atendimento pediátrico”, explicou o diretor do hospital, Marcelo dos Santos.
A quimioteca montada para as duas crianças vai funcionar até o fim do tratamento dos dois pacientes infantis. “Todo paciente que começaram o tratamento aqui, ele continua sendo atendido pelo hospital. Em nenhum momento foi falado que eles não serão mais atendidos”, disse o diretor.
Mas o Hospital do Câncer está sendo ampliado e deve começar a funcionar no próximo mês de agosto. Depois da ampliação, a direção vai procurar regularizar para atender as crianças. “Eu acredito que deva demorar dois anos até conseguirmos fazer toda transposição”, afirmou o diretor administrativo-financeiro do hospital, Cláudio Machado.
Enquanto isso, os novos casos são encaminhados para o Centro de Tratamento Oncológico Infantil (Cethoi), do Hospital Regional. Atualmente, são 70 atendidas 70 crianças. Souza também é coordenador do Cethoi e diz que ali há toda estrutura necessária em caso de alguma urgência.
“Mesmo que não venha para cá, se quiser continuar o tratamento com a médica do Hospital do Câncer, eles têm todo direito e isso pode ser continuado no Hospital Universitário também. A gente fica sem o respaldo para esses pacientes que têm uma doença grave e que na maioria das vezes vai precisar de um atendimento no pronto-socorro infantil ou precisar de uma vaga no CTI e o hospital não tem como oferecer”, disse.
Segundo Marcelo de Souza, não há fila de espera para crianças encaminhadas com diagnóstico de câncer. “O médico que faz o primeiro atendimento deles entra em contato conosco e assim que chegam são direcionados para o Cethoi para fazermos o diagnóstico e o tratamento especializado”, afirmou.
