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segunda-feira, 28 de julho, 2025

Sem viatura no SAMU, bombeiros fazem o impossível para resgatar vítimas de dois acidentes

08/07/2016 – Atualizado em 08/07/2016

A única viatura de suporte avançado do SAMU está até com esparadrapo no câmbio e não oferece condições suficientes de trafegabilidade

Por: Marco Campos

A cada dia que passa, a cidade de Três Lagoas apresenta piora no atendimento médico realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), devido à falta de condições de trabalho e ausência nos investimentos que são repassados pelo Governo Federal que teriam que ser aplicados no órgão pela Prefeitura Municipal.

Na manhã desta sexta-feira (08), a reportagem esteve na sede do SAMU e constatou que apenas uma viatura de suporte avançado (denominada como ALFA) está disponível para os atendimentos à população três-lagoense. A equipe desta ambulância de placas NRZ- 4233 atende casos de extrema gravidade e é composta por um médico.

Não bastando os constantes problemas mecânicos que esta viatura apresenta diariamente, os motoristas precisaram se adequar com um “quebra galho” que teve quer feito no câmbio da ambulância, colocando em risco a vida dos socorristas e de seus pacientes.

Um esparadrapo teve que ser colocado no ferro do câmbio para segurar a “bola” que indica as ordens da marcha. Caso ela escape, o motorista precisa mudar as marchas no ferro, causando risco eminente de acidentes.

Durante a cobertura jornalística, a reportagem também constatou que no pátio do SAMU não existe nenhuma ambulância (denominada como BRAVO), que deveriam estar na base operacional para atendimento de menor gravidade através das duas equipes disponíveis na unidade que estão paradas por falta de viaturas, pois todas que existem no SAMU estão quebradas.

Segundo fontes, há quase 15 dias este problema vem se estendendo no órgão e até o momento, não existe previsão de retorno destes veículos a unidade.

COORDENADORA DO SAMU E ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

A coordenadora foi procurada no SAMU e não quis se pronunciar sobre os fatos e orientou a reportagem para entrar em contato com o setor de jornalismo da Prefeitura Municipal. Um e-mail foi enviado aos cuidados da jornalista Daiane, para que eles se pronunciem oficialmente sobre os fatos, mas até o presente momento (fechamento dessa matéria), não foi dada nenhuma resposta.

BOMBEIROS FIZERAM O IMPOSSÍVEL PARA RESGATAR TRÊS ACIDENTADOS

Devido à falta de viaturas no SAMU, as equipes do Corpo de Bombeiros de Três Lagoas precisam fazer o possível e o impossível para prestar os atendimentos à população, que hoje soma mais de 110 mil habitantes.

Na manhã dessa sexta-feira, os bombeiros tiveram que se desdobrar para socorrer três vítimas de dois acidentes que ocorreram de forma simultânea nos bairros Vila Nova e na área central do município.

A primeira vítima foi socorrida no cruzamento das Ruas Duque de Caxias e Eurídice Chagas Cruz após ter ocorrido no local, um acidente entre dois veículos. Após o resgate, a acidentada – que foi imobilizada em uma maca – teve que esperar por minutos dentro da viatura até que os bombeiros realizassem os atendimentos no segundo acidente e posteriormente, ser levada com as demais pessoas a unidade de saúde.

O SEGUNDO ACIDENTE

Mesmo sem espaço na viatura para colocar mais vítimas, os bombeiros se deslocaram até o segundo acidente, que ocorreu no cruzamento da Avenida Capitão Olinto Mancini, esquina com a Rua Duque de Caxias. Na ocasião, um casal de 58 e 53 anos que estava em uma moto receberam os atendimentos médicos.

A garupa teve que ter um atendimento mais delicado devido uma suspeita de fratura no braço e por estar debilitada, pois havia saído minutos antes do hospital após uma sessão de hemodiálise.

SEM ESPAÇO NA VIATURA

Mesmo com todas as dificuldades para transportar as três vítimas, os bombeiros foram em pé na viatura para dar espaço às macas dos acidentados, que tiveram que ser colocadas em cima dos assentos da ambulância.

O transporte até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também teve que ser mais lento, para que assim, não houvesse riscos de acidentes durante o transporte.

A situação mostrada nesta reportagem deve piorar neste final de semana, pois geralmente, o número de acidentes e outros atendimentos que são realizados pela corporação dos bombeiros aumentam consideravelmente.

Vítima sendo colocadas no assentos da viatura que são usados pelos bombeiros

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