25/06/2014 – Atualizado em 25/06/2014
Os trabalhadores da fábrica de celulose pedem um reajuste de 9,57%
Por: Ray Santa Cruz
A Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Três Lagoas, Jenir Neirs Silva, esteve nos estúdios da Rádio Caçula e prestou esclarecimentos referente ao reajuste salarial dos trabalhadores da Fibria Papel e Celulose.
Jenir Silva explica que está havendo uma discordância entre a proposta da empresa e a vontade dos trabalhadores, ela conta que houve uma primeira assembleia no inicio do mês de junho onde os filiados fizeram uma proposta muita alta e a mesma não foi aceita pela Fibria.
“Até mesmo no fim das negociações os trabalhadores, principalmente os do campo, não concordavam com os valores, a empresa ofereceu 5,91% de reajuste salarial e os funcionários queriam 9,57%” explica a presidente.
Depois de idas e vindas a presidente do sindicato resolveu fazer uma votação entre os trabalhadores para definir o número de aceitação da proposta feita pela fábrica. Segundo ela, no dia 9 de junho, os sindicalistas se reuniram em escala de horários junto a empresa e fizeram a votação com uma urna cedida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e uma lista ata assinada pelos participantes.
Os votos foram secretos e a conclusão foi de 212 votos contra a proposta da empresa e 131 votos de aceitação.
A presidente afirma que a maioria dos votos contra a proposta oferecida pela fábrica vieram dos trabalhadores rurais, ou seja, dos indivíduos que trabalham no campo. Com isso, o sindicato teve que entrar com o pedido de dissídio junto ao Ministério do Trabalho de Campo Grande para tentar uma conciliação entre as partes. O requerimento de conciliação foi mandado pelo Sindicato no dia 18 de junho, ao MT.
De acordo com Jenir, o Ministério do Trabalho terá agora a responsabilidade de mediar a negociação, já que o sindicato, trabalhadores e empresa não acordaram nada. A conclusão do processo só será sabida após a visita de uma equipe do ministério e tentativa de entendimento.
Para a sindicalista o pior caminho para as negociações de reajuste será o dissídio, pois com ele, vem a demora e a lentidão do processo que só será concluído com uma decisão do juiz.
“Todos os trabalhadores foram avisados sobre o processo de reajuste, eles sabem que o MT tem uma certa demanda de processos e que haverá uma demora, até a data de conciliação, depois disso se eles insistirem no dissídio, terão que ter mais paciência, pois podem ter que esperar até um ano para a conclusão do processo” diz Jenir Silva.
Enquanto as negociações não serem finalizadas, o reajuste que já deveria ter sido concluído no mês de março, tende a demorar mais um tempo para sair, assim como as premiações e outros benefícios para os trabalhadores.
