03/06/2014 – Atualizado em 03/06/2014
Jogo de empurra no CEM acaba deixando paciente sem remédio em Três Lagoas
Falta de comunicação e intriga entre médico e atendente de farmácia transforma paciente em “menino de recados” de Centro de Especialidades Médicas
Por: Camila Nogueira/Ray Cruz
Carlos Henrique Paniago de 50 anos, procurou a redação da Rádio Caçula nessa terça-feira (03) indignado e revoltado com uma situação que passou no Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Três Lagoas nesta manhã.
Segundo o pedreiro e sua esposa, eles compareceram até o CEM, para renovar uma receita de um medicamento que a mãe de Carlos utiliza. A idosa de 82 anos, sofre dos maus de Alzheimer e Parkinson. Ao passar pelo médico, o casal recebeu a receita cujo estava constado o pedido do medicamento Cloridrato de Memantina, usado para aliviar os sintomas do Alzheimer.
Mas ao se dirigirem a farmácia do CEM começaram os problemas. Conforme Carlos Henrique, as funcionárias da farmácia informaram que não conseguiam ler o nome do medicamento escrito pelo médico e após isso, escreveram um “recado” na receita dizendo que era uma “prescrição incorreta” e informaram ao casal que eles deveriam voltar ao consultório e pedir outro documento para o médico.
Como a mãe idosa de Carlos necessita do medicamento, eles voltaram ao consultório. No entanto, o médico acabou informando que só poderia fazer outra receita na próxima consulta, agendada para o próximo mês, não contente o profissional escreveu um outro “recado” na receita e instruindo o casal a se dirigir novamente à farmácia.
Como bola de ping pong o casal retornou a farmácia, mas as atendentes informaram mais uma vez que a letra do médico era ilegível e que não iria dar o remédio. Elas queriam que o médico digitalizasse a receita, mas o profissional se recusava a fazer o procedimento.
O resultado da confusão devido às falha na comunicação entre atendentes e médico acabou transformando o casal em “garotos de recado”.
Como um jogava a responsabilidade para o outro, a situação não foi resolvida e Carlos Henrique acabou saindo do local sem o atendimento devido e sem o medicamento.
“A minha mãe, é idosa, sofre de Alzheimer e necessita do remédio para ficar melhor! Nessa confusão toda, ela acabou ficando sem!” afirmou Carlos Henrique revoltado.
Ele conta que não poderá entrar com o pedido formal na farmácia, pois eles ficarão sem a receita e a mãe terá de esperar mais de 30 dias para receber o medicamento.
A esposa de Carlos ficou revoltada com a falta de consideração dos funcionários do CEM com a população. Ela diz que não é a primeira vez que algo do tipo ocorre, “há pouco tempo, eu tentava marcar uma consulta com um psiquiatra para uma colega e sempre que chegava lá, era informada que o sistema estava fora de ar ou algo do tipo. Após 3 meses das mesmas desculpas ela fui finalmente informada que no CEM não é feito esse tipo de consulta” afirma a mulher.
Carlos Henrique indignado, diz que a primeira providência será o registro de um boletim de ocorrência, para posteriormente procurar ajuda judicial.
“As funcionárias ao invés de irem lá conversar com o médico pessoalmente e tentarem resolver a situação, ficaram me mandando passar recado. Não houve nenhum interesse da parte delas em me ajudar de verdade!, eu falei o nome do remédio,e disse que nem estava tão ilegível mas mesmo assim elas não quiseram entregar” diz o trabalhador.
Ainda sem saber as causas de tanta falta de vontade o casal seguirá tentando encontrar uma solução para receber os medicamentos de direito para o tratamento da idosa.