06/05/2014 – Atualizado em 06/05/2014
Corpo de bebê que morreu no HR continua no Imol; Há denuncia de que criança pode ter sido vítima de erro médico
Se for caracterizado crime e não morte natural o HR vai ser chamado para depor
Por: MS Record
O corpo do bebê que morreu no Hospital Regional, em Campo Grande, permanece no Instituto Médico Odontológico Legal (Imol). De acordo com o coordenador geral de pericias médicas, Nelson Firmino Júnior. Ele já passou por análise e pode ser liberado a qualquer momento. Como o corpo foi entregue sem os órgãos e o instituto está aguardando a chegada desses órgãos para que o corpo seja entregue completo a família.
O coordenador geral de perícia, explicou que os órgãos da criança foram retirados no HR, local onde o bebê morreu no dia 10 de abril. O procedimento é comum quando o corpo passa por exame anatomopatológico, algo que segundo ele é feito no próprio hospital a pedido do médico quando existe dúvida sobre a causa da morte.
“Esses documentos foram encaminhados na semana passada segunda e terça feira e a partir desse momento o perito médico legista designado ao caso e a equipe como um todo trabalharam no corpo e na avaliação desses documentos. A partir de quarta-feira já estará em condições de fazer a liberação do cadáver. Estamos aguardando o encaminhamento dos órgãos”, diz o perito.
Porém como o caso está sob investigação da polícia, cabe ao Imol realizar o exame necroscópico que revela o que provocou a morte do bebê.
Segundo Nelson Firmino para auxiliar no laudo necroscópico, o perito criminal precisou do laudo anatomopatológico e do prontuário médico, documentos expedidos pelo Hospital Regional que só fora chegar ao Imol, no início da semana passada e como eram de suma importância para o procedimento, só a partir daí que o corpo começou a ser analisado.
Com a conclusão da análise o instituto vai emitir o laudo necroscópico o que para polícia é essencial para avançar as investigações, já que houve uma denuncia feita pela Associação de Erros Médicos de que a criança poderia ter sido vítima de negligência por parte de hospital. Algo que o documento pode revelar.
“A partir do momento que registrou uma ocorrência de uma morte a esclarecer a gente instaura até por medida preventiva, um inquérito policial para apurar a causa da morte, até então não se tem a causa da morte e estamos esperando a conclusão dos laudos e o hospital a principio agiu dentro de uma rotina de fazer o exame patológico com autorização da família, o que foi feito, mas mesmo assim levando em consideração alguns pontos, a gente pediu para encaminhar todo esse material para o Imol para fazer um exame necroscópico”, diz o delegado João Carlos Mendes.
Segundo delegado, se for caracterizado crime e não morte natural o HR vai ser chamado para depor. Por enquanto apenas a família foi ouvida e revelou que a gravidez da mãe era de risco.
“De início ela já revelou que teve uma gravidez de risco, e que tem a pré eclampsia, que é um problema de pressão e a previsão de nascimento da criança era no dia 15 de abril e ela foi internada no dia 1º ficou nove dias internada esperando a estabilização, então essas situações nós temos que considerar, para saber se isso afetour de alguma forma a criança”, finalizou o delegado.
O laudo necroscópico deve ser emitido em dez dias pelo Imol. Se houver a necessidade, o perito pode pedir à polícia o adiamento do prazo. (Com colaboração Jacklin Andreucce, TV MS Record)
