04/05/2014 – Atualizado em 04/05/2014
Por: AUTOPOLIS
A Honda apresentou na última terça-feira (29) a terceira geração do Honda Fit. E com ela, a marca japonesa quer mostrar que seu compacto não parou no tempo. O modelo, que foi apresentado mundialmente há quase um ano e agora chega ao Brasil, deixou de lado qualquer possibilidade de mudanças meramente estéticas. No caso do novo Honda Fit, o termo “troca de geração” pode ser entendido literalmente.
Antes de falarmos propriamente do carro, convém darmos uma passada pela lista de preço. Confira:
DX Manual – R$ 49.900
DX CVT – R$ 54.500
LX Manual – R$ 54.200
LX CVT – R$ 58.800
EX CVT – R$ 62.900
EXL CVT – R$ 65.900
De cara nova
Visualmente o carro está bem distinto, com um perfil mais tecnológico. Os faróis, mais finos e com contornos mais geométricos, formam conjunto com a grade e dão ao carro uma “face” característica. Na lateral, um vinco profundo contorna o para-lama traseiro e se estende de forma descendente até o arco da roda dianteira. A traseira é a parte mais controversa, com parte das lanternas subindo pela coluna C. Esse prolongamento, contudo, tem efeito meramente estético e não acende. Ao vivo é tudo mais harmônico e não deve demorar para cair no gosto do consumidor.
No interior, o estilo do painel e a disposição dos comandos deixa claro uma característica da nova geração, que é abandonar o jeitão de minivan e incorporar feições de hatchback. Mas, sobre isso, falaremos mais adiante.
A versatilidade foi preservada, com a manutenção do sistema modular dos bancos, que agora chama-se ULTRa-Seat e acrescenta um novo ajuste, que permite reclinar totalmente também os bancos dianteiros. O espaço para passageiros ficou maior, resultado do encurtamento do braço de suspensão, que possibilitou aumentar em 3 cm a distância entre eixos, que passou de 2.500 para 2.530 mm.
Outra mudança que ajudou na evolução do espaço interno foi a redução do tamanho do tanque de combustível (de 47 para 45,7 litros), proporcionando assim uma regulagem mais ampla dos assentos. O porta malas está um pouco menor, agora com volume de 363 litros, contra 384 do modelo anterior. Toda essa atenção ao espaço interno segue o conceito “máximo para o homem, mínimo para a máquina”, utilizado pela Honda.
A lista de equipamentos das versões EX e EXL traz sistema de áudio multimídia com rádio AM/FM e MP3 Player, que pode ser controlado por uma vistosa tela LCD de cinco polegadas no centro do painel ou por comandos no volante. Para interface com dispositivos móveis dispõe de entradas USB e auxiliar, além de conexão telefônica via Bluetooth. Faz falta, somente, um sistema de navegação GPS. Para a LX, o rádio mantém o estilo 2DIN mas tem apenas rádio AM/FM e entrada USB.
Sobre a câmera de ré, ela agora incorpora um novo sistema denominado multivisão. Por este recurso, além da visão normal da câmera de ré, há o modo grande angular (acionado conforme o veículo se aproxima dos obstáculos) e, ainda, um terceiro enquadramento, obtido quando a câmera aponta para baixo, permitindo ver o para-choque do próprio carro e obstáculos próximos a ele.
Jeitinho de hatch alemão
As mudanças do novo Honda Fit vão além do desenho e dos equipamentos. O carro está mais leve (entre 50 a 60 kg a menos), mais potente e, como dito anteriormente, assume o seu lado hatchback. Segundo fontes, a referência utilizada pela Honda para desenvolvimento do novo Fit foi o Volkswagen Polo e essa nova abordagem foi muito salutar para o modelo nipônico.
O volante e a posição de dirigir ficaram mais baixos, o que transmite mais confiança e maior sensação de controle do carro. Ajustes nas suspensões e na geometria da direção também contribuíram para reduzir a rolagem da carroceria e melhorar a aderência no contorno das curvas. Poderíamos dizer que o novo Honda Fit veste melhor, é mais “no chão” e ficou mais esperto.
O motor 1.5 litro agora está disponível em todas as versões e rende 116 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 15.3 kgfm a 4800 rpm. As mudanças no novo motor inclui alteração da taxa de compressão, novo comando de válvulas variável i-Vtec e redução do atrito interno. Outra novidade é que o tanquinho adicional de gasolina para partida a frio foi dispensado. O novo Honda Fit agora traz a mesma tecnologia utilizada no Civic, que aquece o etanol no interior do próprio mecanismo de injeção e permite a partida mesmo com temperaturas muito baixas.
Ao lado do motor mais eficiente, a atuação do câmbio CVT – que marca seu retorno após ser substituído por uma transmissão automática na segunda geração do carro – também merece destaque. Essa caixa explora bem as faixas de potência do motor e, segundo o fabricante, deixa o carro 17% mais econômico. Os modelos com câmbio manual de cinco marchas também ficaram cerca de 8% mais econômicos, ainda segundo dados do fabricante. Estas marcas fizeram o novo Honda Fit saltar da categoria C para a A no classificação de eficiência e consumo veícular do Inmetro.
Em movimento
Ao volante, o novo Honda Fit é um outro carro. O câmbio CVT se mostra um avanço enorme em relação à transmissão automática da geração anterior, especialmente por não dar trancos. Com a alavanca em modo “S”, o câmbio mantém o motor em uma faixa de giros mais alta, dando ao carro respostas mais ágeis e uma condução mais divertida.
A estabilidade nas curvas está sensivelmente melhor, com maior aderência e menor inclinação da carroceria. A maior sensação de controle e a boa acomodação proporcionada pelos novos assentos estimulam uma tocada mais esportiva. O rodagem ficou também mais suave e menos ruídos, graças a um novo dispositivo que impede que as molas estiquem em excesso e de forma rápida, atuando de forma gradual e silenciosa.
Durante nossa avaliação, percebemos que a 120 km/h a rotação não passou das 2.100 rpm, o que impactou positivamente em relação ao consumo e ao conforto interno. O indicador do painel chegou a marca de 12 km/l, rodando com etanol.
Ele voltou
O novo Honda Fit 2015 chega com muitos avanços para conquistar o consumidor. O carro está maior, melhor de dirigir e mais econômico. Além da tradicional mudança visual, entram na conta mudanças no motor, câmbio e suspensão. Além do público fiel ao Fit, a Honda procura atingir novos nichos e resgatar alguns clientes eventualmente perdidos quando lançou a segunda geração. A meta da marca é comercializar cerca de 48 mil unidades entre abril e dezembro de 2014, o que representa um acréscimo de 50% em relação à segunda geração.
Ficha técnica
Honda Fit
Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 1.497 cm³ de capacidade cúbica (1.4), quatro válvulas por cilindro, comando variável i-Vtec.
Combustível: gasolina/álcool (flex).
Potência máxima: 115 (G) / 116 (E) cv a 6.000 rpm.
Torque máximo: 15,2 (G) /15,3 (E) kgfm a 4.800 rpm.
Taxa de compressão: 11,4:1.
Transmissão: Automática do tipo CVT. Tração dianteira.
Suspensão Dianteira: Independente do tipo McPherson.
Suspensão Traseira: Eixo de torção
Pneus: 185/55 R16.
Freios dianteiros: Disco ventilado.
Freios traseiros: Tambor.
Direção: elétrica
Carroceria: Monovolume, carroceria monobloco com quatro portas e cinco lugares.
Altura (mm): 1.535.
Largura (mm): 1.695.
Comprimento (mm): 3.998.
Entre-eixos (mm): 2.530.
Tanque (L): 45,7.
Peso (kg): 1.101 kg.
Capacidade do porta-malas (L): 363.
