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Operação resgata cinco jovens de MS em regime de trabalho escravo no Mato Grosso

10/03/2014 – Atualizado em 10/03/2014

Três adolescentes e dois adultos eram obrigados a vender livros em bairros de Cuiabá e Várzea Grande

Correio Do Estado

Cinco pessoas de Itaquiraí (MS), submetidas a trabalho escravo, foram resgatadas no último final de semana, no Bairro Jardim Itororó, em Várzea Grande, no Mato Grosso, durante operação conjunta do Ministério Público do Trabalho, Gerência de Operações Policiais, Polícia Civil e Conselho Tutelar da região do Pedra 90. O suposto empregador, que mora em Santa Catarina, foi preso em flagrante por crime de redução de pessoa e adolescente a condição análoga ao trabalho escravo.

Três adolescentes de 12, 15 e 17 anos, e dois maiores de 18 e 22 anos eram obrigados a vender livros em bairros de Cuiabá e Várzea Grande, sem direito a pagamento e mantidos em uma quitinete de três peças, onde um dos quartos era usado também como cozinha.

Os cinco recebiam apenas um vale para comprar almoço, que era marcado em uma caderneta que reunia anotações de todas as despesas acumuladas por eles, como alimentação e materiais de higiene pessoal.

A denúncia foi feita na última sexta-feira (7), pelo adolescente de 15 anos, que durante vendas no Bairro Pedra 90, conseguiu fugir e procurou um comerciante na região, que dias antes havia fornecido comida para ele e orientado sobre os direitos do menor. Com ajuda de uma terceira pessoa ligada a um grupo evangélico, o menino chegou até o Conselho Tutelar do Pedra 90, que informou o caso na Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), que por sua vez acionou o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

A conselheira Cristiane Mendes acompanhou a operação e informou que as condições de moradia eram bastante insalubres, sem higiene, com roupas e espumas usadas como colchões espalhados pelos cômodos. “Um ambiente sujo, degradante as condições em que eles estavam vivendo”, explicou.

O delegado João Eduardo Alencar disse que o crime é hediondo e inafiançável. Com o empregador foram apreendidos R$ 4 mil e um veículo Kombi, que serão entregues ao MPT para converter em pagamento as cinco pessoas resgatadas.

Os cinco estavam em Várzea Grande desde janeiro desde ano, quando foram convidados para trabalhar em Mato Grosso, vendendo livros. Os menores estão sob os cuidados do Conselho Tutelar e os maiores receberam apoio do MPT. Todos devem retornar para Mato Grosso do Sul.

Os cinco recebiam apenas um vale para comprar almoço

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