19/02/2014 – Atualizado em 19/02/2014
Vereador promove nota de repúdio contra racismo sofrido por Tinga
Por: Assessoria
Bastante indignado com o episódio de preconceito contra o jogador de futebol Tinga, do Cruzeiro, em partida pela Copa Libertadores, no Peru, o vereador Beto Araujo (PSD) trouxe o tema à tribuna da Câmara Municipal de Três Lagoas, na sessão de terça-feira (18), comovendo o plenário e angariando assinaturas para uma Moção de Repúdio contra o ato.
Beto classificou o episódio como pré-histórico e lamentou que isso ainda ocorra nos dias atuais. Ele marcou o seu protesto com um cartaz, onde ressaltou a igualdade entre todos, e solicitou que os presentes dessem uma salva de palmas em solidariedade ao atleta.
Para estender o protesto, o vereador ainda apresentou requerimento verbal da emissão de uma Moção de Repúdio, o que foi aprovado por unanimidade pelos vereadores. Todos assinaram a nota, que será enviada à Conmebol, entidade que promove a Copa Libertadores, requerendo que o presidente da entidade, Eugenio Figueiredo, tome medidas disciplinares contra a equipe do Real Garcilaso.
“Todos os seres humanos devem ser tratados com respeito, independente de raça, cor, religião. A hostilidade sofrida pelo Tinga é inaceitável”, destacou Beto Araujo, que revelou ter ficado chocado e muito emocionado quando viu as cenas na televisão.
Entenda o caso
No dia 12 de fevereiro, torcedores da equipe do Real Garcilaso imitavam macacos, todas as vezes que o volante brasileiro Tinga tocava a bola, emitindo sons e fazendo gestos. As cenas de discriminação racial aconteceram durante o jogo de estreia do Cruzeiro na Copa Libertadores, no Peru.
Na última sexta-feira, a Conmebol informou que abriria investigação preliminar para apurar as manifestações de racismo contra Tinga, após receber a queixa formal do Cruzeiro, no dia anterior. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por sua vez, pediu pela exclusão do Real Garcilaso da Libertadores.
Os atos racistas foram repudiados pela população e por autoridades de todas as instâncias no Brasil. “O Legislativo de Três Lagoas não podia ficar calado diante desta barbaridade”, finalizou Beto
