27/01/2014 – Atualizado em 27/01/2014
Os funcionários da Eldorado apelidaram o equipamento de “dedo-duro” sobrevoa as plantações de eucaliptos da companhia da holding J&F, da família Batista, dona também do frigorífico JBS
Por: Marco Campos
As fábricas de grande porte que se instalaram nos últimos anos na região de Três Lagoas continuam trazendo novidades para facilitar e melhorar o sistema de trabalho nas indústrias.
Além de gerarem renda e empregos para a região, uma das mais novas fábricas de celulose implantou em sua fábrica o mais moderno sistema aéreo eletrônico para vigiar suas áreas de plantações de eucalipto, chamadas de eBee ou “Dedo Duro”.
O equipamento se trata de uma aeronave não tripulada e está sendo utilizada para sobrevoar as florestas onde foram plantados eucaliptos na área da circunscrição pertencente a Eldorado Brasil, que abrange grande parte da região da terceira maior cidade em número de habitantes de Mato Grosso do Sul.
Com um total de três equipamentos, a novidade é parecida com um morcego que pesa menos de um quilo, voa a uma velocidade de 45 quilômetros por horas, tem uma câmera acoplada de 16 megapixels e tem uma autonomia total de 45 minutos.
Os funcionários da Eldorado apelidaram o equipamento de “dedo-duro”. A alcunha faz sentido. Esse pequeno robô voador, fabricado pela suíça senseFly, sobrevoa as plantações de eucaliptos da companhia da holding J&F, da família Batista, dona também do frigorífico JBS.
SUA MISSÃO:
O objetivo do investimento é encontrar mudas que não foram plantadas da forma correta. Se localizadas a tempo, dá tempo de replantá-las e evitar a perda. Daí o apelido. Com mais de 160 mil hectares de área plantada de eucaliptos, matéria-prima para fazer a celulose, os “drones” são a melhor forma para monitorar essa gigantesca área, que equivale a 160 mil campos de futebol.
“As aeronaves são uma grande inovação que vai mudar o panorama dos negócios”, afirma José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado, dono de três drones e com planos de adquirir mais três neste ano. É bom levar a sério as palavras de Grubisich.
Surgidos como poderosas e polêmicas armas de guerra, esses veículos aéreos não tripulados estão invadindo o universo empresarial e vão influenciar diversos setores, do comércio global à logística, passando pela área de prestação de serviços. De uma forma ou de outra, todos eles vão ser inexoravelmente influenciados pelos drones.
As cifras movimentadas pelos drones civis já são bilionárias. No ano passado, foram US$ 5,2 bilhões em todo o mundo, segundo cálculos da consultoria americana Teal Group, especializada na indústria aeroespecial. Em dez anos, esse mercado deve mais do que dobrar, atingindo US$ 11,2 bilhões.

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