08/12/2013 – Atualizado em 08/12/2013
Testemunha confirma versão de vítima de que acidente foi causado por ex
Por: R7
Uma testemunha confirmou que uma estudante de história foi jogada do 4º andar pelo jovem com quem manteve um relacionamento. Até então, a polícia acreditava que a jovem tinha caído do prédio. No entanto, quando acordou do coma, Suzane Jardim revelou que havia sido empurrada. O suspeito já tinha histórico de agressividade. A prisão do homem foi pedida pelo delegado que investiga o caso.
Suzane Jardim está internada no Hospital das Clínicas desde o último sábado (30). A estudante teve dez costelas quebradas, ferimentos no pulmão, fraturas no fêmur e na bacia. Ela ficou quase dois dias em coma. A jovem afirma que foi jogada pela janela por Luiz Henrique Nogueira, de 27 anos.
Na última sexta-feira (29), os dois passaram a noite bebendo. Na madrugada de sábado (30), acompanharam um casal até um apartamento na zona sul de São Paulo. A outra mulher que estava no apartamento, que pediu para não ser identificada, conheceu Suzane naquela noite e contou ter visto o momento em que o suspeito jogou a universitária pela janela.
— Ela tava de frente para ele, sentadinha, aí ele deitou ela lá, segurou pelas pernas e jogou. Não foi acidental. Jogou, jogou, literalmente.
Ela lembra que não acreditava no que tinha acontecido.
— Então, eu falei: “Você é doido, como você faz isso? Você sabe que você vai para a cadeia?”. Ele: “Ah, não tem problema, não, que ele tá viva”. Calmamente. Calmamente, como se ele não tivesse feito nada demais .
Nogueira mora com a mãe e a irmã em Diadema, no ABC paulista. Ele não foi visto pelos vizinhos nos últimos dias. Segundo a polícia, o suspeito não tem antecedentes criminais.
No entanto, as pessoas que o conhecem dizem que ele foi um adolescente problemático e agressivo com a família. Um ex-vizinho que o conhece desde a infância contou que o jovem agredia a mãe.
— A mãe dele é uma pessoa maravilhosa, uma senhora honesta, trabalhadora, lutava demais para manter os dois filhos. Inclusive, eles mudaram da rua, porque os vizinhos começaram a não aceitar mais isso, as agressões.
Atualmente, Nogueira trabalha fazendo bicos como pedreiro. Suzane tem 22 anos e uma filha de quatro anos. Eles mantinham um relacionamento havia três semanas.
Não havia compromisso, mas o suspeito dava sinais de possessividade, como conta a irmã da vítima Suzi Jardim.
— Naquele dia [do acidente], eles tinham discutido um pouco, de leve, porque ele reclamou do vestido dela. Falou que estava curto demais.
Durante a manhã do crime, houve uma discussão e Suzane afirmou que ele a empurrou da janela após a briga
— Ele falou: “Já que você é corajosa, põe a cabeça pra fora da janela. Eu botei a cabeça e falei: “Machistinha”. Ele pegou meus dois pés, levantou e jogou.
No dia, a polícia registrou o caso como queda acidental, versão apresentada pelo suspeito. Suzane foi resgatada pelos bombeiros.
Quando acordou, contou à família que havia sido jogada por Nogueira. O susposto acidente passou a ser tratado pela polícia como tentativa de homicídio.
Nogueira continua acessando as redes sociais. Em uma delas, em que usa o nome de Djin Malkav, publicou, um dia depois do crime, uma imagem que simula duas mulheres enforcadas.
Na última terça-feira (3), escreveu que não estaria online por um tempo devido a problemas, mas que voltaria logo. No dia seguinte, publicou que estava assistindo a um seriado de TV.