02/08/2013 – Atualizado em 02/08/2013
O Conselho Tutelar de Três Lagoas comentou sobre o caso de tortura e ameaça e informou que o fato foi comunicado dois dias após o delito
Por: Da Redação
O caso de tortura e ameaça que abalou os três-lagoenses nesta semana foi comentado pelo Conselho Tutelar no Programa Ronda Policial da Rádio Caçula nesta sexta-feira (02).
Segundo o conselheiro Davis Martinelli, o ocorrido foi informado ao órgão por volta das 09h do dia 30 (terça-feira) por funcionários do Hospital Unimed no bairro Colinos.
“Não fomos chamado no hospital pela suspeita de agressões e sim pelo fato dos pais estarem brigando na frente da unidade para levar o filho de 16 anos para casa, foi aí que constatamos as agressões no adolescente”, afirmou o conselheiro.
CONHECIMENTO DO FATO
O entrevistado também afirmou que o caso de ameaça e tortura contra a vítima teria ocorrido há dois dias antes de sua internação e que o garoto estava hospitalizado na unidade devido os maus tratos praticados pelo pai.
MAUS TRATOS
Segundo informações preliminares das autoridades policiais que apuram o caso, o pecuarista A.A.F agiu de forma violenta contra o filho ao descobrir que ele – garoto – era homossexual e como forma de penalidade, trancou o filho em um quarto sem energia e praticado os maus tratos contra o filho.
DENÚNCIA
Conforme a denúncia feita na Polícia Civil feita pela ex-mulher o suspeito, S.N.F, seu ex-esposo a qual está separado há duas semanas e após praticar o ato colocou o menino em uma camionete da família para levá-lo ao hospital e no trajeto chegou a amarrar uma corda no garoto para intimidá-lo e sob intimidações de morte ameaçou jogá-lo para fora da camionete caso não mudasse sua orientação sexual.
AGRESSÕES E PRISÃO
Segundo informações da policia, o pai bateu no rosto do menino, o derrubou no chão e ao montar em cima do garoto continuou deferindo socos e tapas na vítima.
“Em Três Lagoas já atendemos cerca de cinco casos de ameaças de pai contra o filho, mas em nenhuma delas, tivemos esta gravidade como à praticada pelo acusado. Se condenado for, o pecuarista poderá sofrer penalidades de até 10 anos de reclusão em regime fechado”, informou o conselheiro.
PROCEDIMENTOS
Diante a denúncia, o órgão acompanhou a vítima até a Polícia Civil para registrar o caso que será enviado ao Ministério Público Estadual e Poder Judiciário para as providências cabíveis quanto ao caso.
CREAS
O Conselho Tutelar também encaminhou o garoto ao Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) para que o adolescente possa ter acompanhamentos de psicólogos e estrutura familiar.
DENÚNCIAS
Denúncias que envolvam menores de idade podem ser feitas no telefone (67) 3929-1812.
