22/07/2013 – Atualizado em 22/07/2013
Por: Diário de São Paulo
Uma autoridade do Vaticano, presa no mês passado, usou a sua influência para oferecer serviços financeiros privados e ilegais a amigos ricos, afirmam investigadores italianos em um documento judicial.
Eles afirmam que o monsenhor Nunzio Scarano, correntista do banco do Vaticano e alvo de duas investigações na Itália, participou de “atividades ilegais”. O religioso é acusado de realizar “uma série de atividades ilegais sem escrúpulos usando sua rede de contatos em diferentes áreas, incluindo empresários, membros do clero, agentes do serviço secreto e membros do IOR (Instituto de Obras Religiosas)”.
O diretor do IOR e o vice-diretor do banco, que estão sob investigação, renunciaram em 1 de julho. Scarano foi preso em Roma no dia 28 de junho e acusado de participar de um plano para levar de forma ilegal 20 milhões de euros da Suíça para a Itália. O advogado de Scarano negou as acusações e disse que não há evidências contra seu cliente.
O papa Francisco, que já havia montado uma comissão para reforma do banco do Vaticano, disse que estava formando outra comissão para assessorá-lo nas reformas dos departamentos administrativo e econômico da Santa Sé.
