Esporte – 06/04/2013 – 10:04
Histórico de Felipão faz de amistoso com Bolívia uma disputa relevante
Uma partida amistosa contra uma equipe de menor expressão, marcada por uma questão política e sem a força máxima da seleção brasileira. É neste cenário que o Brasil enfrenta a Bolívia neste sábado, em Santa Cruz de la Sierra, às 16h30 (horário de Brasília). O que poderia ser um jogo sem grande importância, no entanto, transforma-se em uma disputa relevante por espaço por conta do histórico de Luiz Felipe Scolari.
Famoso pelo clima de confiança que costuma criar entre seus comandados, o treinador não costuma tratar partidas tidas como menores, como esta contra a Bolívia, como simples compromissos de uma agenda atribulada. Em seu discurso, Felipão faz questão de ressaltar que o amistoso pode ser decisivo na confecção da lista de convocados para a Copa das Confederações.
“É a oportunidade que eu vinha falando que eles têm de jogar pelo menos duas vezes e a gente ter uma ideia de quem pode permanecer e quem pode ser chamado para a Copa das Confederações, junto com o grupo que a gente já viu nestes três jogos que fizemos fora do Brasil”, disse Luiz Felipe Scolari, na última quarta, em entrevista ao site da CBF.
A postura de Scolari condiz com seu histórico na própria seleção brasileira. Em 2002, amistosos aparentemente sem importância mudaram a cara e os nomes do time que viria a ser campeão da Copa na Coreia do Sul e no Japão.
Depois de uma classificação sofrida nas eliminatórias, Felipão reservou os últimos meses antes da Copa do Mundo para fazer jogos amistosos contra seleções menores. Bolívia, Arábia Saudita, Islândia e Iugoslávia apareceram no caminho do Brasil, que além disso ainda jogaria contra Portugal antes de definir a lista dos convocados para a Copa de 2002.
Mais que os resultados positivos, já esperados, Felipão conseguiu definir seus 23 convocados. Foram nesses jogos, por exemplo, que Kleberson e Anderson Polga receberam suas primeiras chances pela seleção. Gilberto Silva, igualmente, estreou como titular depois de ter feito apenas figuração no banco de reservas durante algumas partidas das eliminatórias.
O desempenho de alguns medalhões também foi testado. Ronaldo, uma das maiores estrelas da conquista do penta, por exemplo, voltou a defender a seleção brasileira justamente contra a Iugoslávia, após um longo tempo afastado por lesão. O histórico de 2002 pode inspirar os jogadores da atual safra.
Até a convocação da Copa das Confederações, principal evento-teste antes da Copa do Mundo, Felipão terá apenas mais dois amistosos. Além da Bolívia, neste sábado, o Brasil ainda enfrentará o Chile, também em partida amistosa, em Belo Horizonte, no dia 24 de abril. Depois disso, Felipão já terá de saber quem serão seus preferidos para a competição, que começa no próximo mês de junho.
Será a grande chance dos atletas que atuam no país. Até agora, a seleção de Felipão já encarou Inglaterra, Itàlia e Rússia, sempre com a presença de jogadores que atuam no exterior. Desta vez, será a oportunidade de Alexandre Pato e companhia provaram que têm lugar na equipe, a despeito da fragilidade do rival ou da falta de importância do amistoso em si.
Fonte: UOL Notícias