Com quase 20% das vendas externas do Estado, município se destaca pelo crescimento da celulose e pela diversificação da pauta exportadora.
O município de Três Lagoas segue no topo do ranking das exportações de Mato Grosso do Sul, responsável por 19,46% das vendas externas do Estado entre janeiro e outubro de 2025, segundo boletim divulgado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Em seguida aparecem Ribas do Rio Pardo, com 14,62%, e Campo Grande, com 7,5%.
O bom desempenho de Três Lagoas está diretamente ligado ao setor de celulose, que cresceu 25% no período, consolidando o Estado como maior exportador do produto no país. O resultado é impulsionado pela operação plena da unidade da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e pelo polo industrial de Três Lagoas, onde estão concentradas grandes plantas de produção e beneficiamento.
De acordo com o secretário Jaime Verruck, o cenário confirma o dinamismo econômico e a força do setor produtivo regional. “Os resultados mostram a consolidação de setores estratégicos e o impacto direto das exportações sobre o desenvolvimento regional”, destacou.
Além da celulose, o Estado registrou avanço expressivo nas exportações de carne bovina, mesmo com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, e o recorde histórico no minério de ferro, com 7,79 milhões de toneladas embarcadas. Parte da carne sul-mato-grossense foi redirecionada para novos mercados, como o México, enquanto a China manteve a liderança como principal destino, absorvendo 45,61% do total exportado.
A logística fluvial também ganhou destaque. O porto de Corumbá já movimentou mais de 8 milhões de toneladas neste ano, e Porto Murtinho soma 375 mil toneladas de soja exportadas, reforçando o papel das hidrovias no escoamento da produção.
Entre janeiro e outubro, Mato Grosso do Sul exportou US$ 9,08 bilhões, um crescimento de 4,24% em relação ao mesmo período de 2024. O saldo da balança comercial atingiu US$ 6,91 bilhões, 8,98% superior ao do ano anterior.
Nas importações, o Estado registrou queda de 8,43%, totalizando US$ 2,17 bilhões. O gás natural, embora ainda seja o principal item importado, teve redução de 31%. Em contrapartida, houve aumento na compra de equipamentos industriais, principalmente para a nova fábrica da Arauco, em Inocência, voltada à produção de celulose.


