Queda de energia começou às 23h30 e deixou moradores de todas as regiões no escuro por até duas horas
Um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, provocou um apagão que deixou todo o Brasil sem energia elétrica na noite desta segunda-feira (13). O blecaute teve início por volta das 23h30 (horário de Mato Grosso do Sul) e afetou simultaneamente as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Em diversas cidades, o fornecimento só foi normalizado depois de duas horas.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a falha comprometeu cerca de 10 mil megawatts de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN). A interrupção começou quando o incêndio desligou completamente a subestação de 500 kilovolts e cortou a interligação entre as regiões Sul e Sudeste. No momento da falha, o Sul exportava aproximadamente 5 mil megawatts para o Sudeste e Centro-Oeste.
A pane teve impactos expressivos em todos os cantos do país. No Sudeste, a perda chegou a 4.800 megawatts. O Nordeste teve corte de 1.900 megawatts, o Norte perdeu cerca de 1.600 megawatts, assim como a Região Sul. Embora o restabelecimento da energia tenha começado nos primeiros minutos após o ocorrido, moradores de diversas cidades relataram instabilidade até a madrugada.
Segundo o ONS, o retorno foi realizado de forma segura em articulação com operadores regionais. As regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste tiveram a carga recomposta em até uma hora e meia. Já no Sul, o processo levou cerca de duas horas e meia para ser concluído por completo.
O incidente mobilizou autoridades do setor elétrico, e uma reunião entre os principais agentes foi marcada para esta terça-feira (14). Uma análise mais detalhada do ocorrido será conduzida até sexta-feira (17), quando está prevista uma reunião técnica para entender as causas e consequências da falha.
Apesar do susto e dos transtornos causados pela interrupção no fornecimento, o sistema foi estabilizado sem registro de danos maiores até o momento. O apagão reacende o debate sobre a vulnerabilidade da infraestrutura energética brasileira e a necessidade de reforço em protocolos de segurança e resposta a emergências.