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quinta-feira, 30 de outubro, 2025

Capacidade de armazenamento de grãos atende à metade da demanda de Mato Grosso do Sul

MS produz, em média, 30 milhões de toneladas enquanto armazenagem é de 14,1 milhões

Mato Grosso do Sul segue em um cenário de insuficiência no setor de armazenamento de grãos. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indicam que a capacidade estática de armazenagem do Estado é de 14,13 milhões de toneladas. Porém, essa medida atende à metade da demanda, de acordo com a avaliação da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS). 

“Essa capacidade de armazenamento atende somente 50% da produção de soja e milho do Estado. Isso força os produtores a optarem por formas de armazenamento temporária como silobags ou o escoamento imediato para os portos, muitas vezes em um momento de preços desfavoráveis. Portanto, uma capacidade que cobre apenas metade da produção não consegue garantir a sustentabilidade e a competitividade da produção estadual”, detalha Flavio Faedo Aguena, assessor técnico da Aprosoja/MS. 

Ainda de acordo com o assessor, o deficit de armazenamento é um problema crônico de Mato Grosso do Sul.

“Na safra passada tivemos uma produção muito baixa e mesmo assim não tínhamos capacidade de armazenagem suficiente. Quando analisamos a capacidade de armazenamento dos últimos 10 anos, percebemos um aumento na capacidade de armazenagem. No entanto, a produção também teve aumento, o que faz com que nossa capacidade oscile entre 40% a 60% da produção de soja e milho”, explica. 

O levantamento da Conab aponta que a taxa média de crescimento na capacidade de armazenagem no Estado é de 4,15%. Na última década, saltou de 9,37 milhões de toneladas em 2015 para o número atual. Em julho deste ano, o governo do Estado anunciou apoio aos investimentos de R$ 500 milhões da empresa Coamo para ampliar a indústria e construir novos armazéns. 

EXPANSÃO
Conforme a gestão estadual, a empresa pretende expandir sua unidade de processamento de soja em Dourados e construir mais três armazéns nas cidades de Sidrolândia, Amambai e Dourados. 

Na ocasião da reunião, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, detalhou que a ampliação da fábrica da Coamo localizada em Dourados terá um investimento de R$ 200 milhões. 

Atualmente, a planta que tem capacidade de processamento de 3 mil toneladas de soja por dia, e após ampliação, vai passar para 4 mil toneladas/dia. Já os novos armazéns serão construídos nos demais municípios, com previsão de investimento de R$ 80 milhões em cada um. 

“No caso da Coamo eles ainda avaliam a expansão agrícola que o Estado tem, com espaço para ampliação na produção de soja. Além dos nossos investimentos em infraestrutura e logística para melhorar as estradas, rodovias e acessos”, expressou o secretário na ocasião. No entanto, o crescimento continua não acompanhando a demanda. 

“Além da falta de armazéns, temos também um problema na distribuição espacial dos armazéns já instalados. No momento, temos três grandes polos onde se concentra o maior volume de armazenagem que ficam nos municípios de Maracaju, Sidrolândia e Dourados. Isso obriga a maioria dos produtores, principalmente de outras regiões, a percorrerem longas distâncias, sobrecarregando as rodovias e gerando longas filas nos armazéns. O resultado direto é a ineficiência no escoamento da safra e a elevação significativa do custo dos fretes no período de colheita, impactando diretamente a rentabilidade do agricultor e a competitividade da cadeia produtiva como um todo”, complementa Flavio Aguena. 

SAFRA
Conforme publicado pela reportagem do Correio do Estado na semana passada, MS caminha para colher a maior safra de milho da história.

Dados atualizados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga/MS) apontam que a segunda safra 2024/2025 deve atingir 14,226 milhões de toneladas, superando o recorde anterior, registrado no ciclo 2022/2023, quando foram colhidas 14,220 milhões de toneladas de milho.

A safra da soja também apresentou aumento acima da média, mesmo após registrar intercorrências durante o desenvolvimento. Também de acordo com a reportagem, dados consolidados da última colheita de soja mostraram que o Estado colheu 14,160 milhões de toneladas.

Fonte: Correio do estado

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