32.1 C
Três Lagoas
sexta-feira, 10 de outubro, 2025

Feminicídio em MS atinge 22 casos e escancara avanço da violência contra mulheres

Letícia Ferreira de Araújo é a vítima mais recente em meio ao aumento preocupante dos feminicídios em Mato Grosso do Sul

O feminicídio de Letícia Ferreira de Araújo, de 25 anos, ocorrido no último sábado, 9 de agosto, em Cassilândia, elevou para 22 o número de mulheres assassinadas em Mato Grosso do Sul em 2025. O caso chamou atenção pela brutalidade e reforça a gravidade do cenário da violência de gênero no estado.

Letícia Ferreira de Araújo/ Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com a investigação, Letícia foi morta após ser atropelada pelo próprio companheiro, Vitor Ananias, também de 25 anos, com quem teria discutido momentos antes do crime. O veículo, um Gol, atingiu a vítima e colidiu contra um muro. A ausência de marcas de frenagem no local aponta para um ato deliberado, segundo apuração inicial da polícia.

A tragédia representa mais um capítulo de uma estatística preocupante. Mato Grosso do Sul tem registrado um feminicídio a cada 11 dias em média. Em grande parte dos casos, as vítimas foram assassinadas por pessoas próximas, como companheiros ou ex-companheiros, muitas vezes dentro do próprio ambiente doméstico.

O crescimento desses casos tem acendido o alerta de organizações sociais e autoridades sobre a necessidade de ações mais firmes de prevenção. Especialistas apontam que o combate ao feminicídio exige uma abordagem ampla, que envolve educação, fortalecimento das redes de apoio às mulheres e uma resposta mais ágil e eficaz das instituições de segurança e justiça.

Letícia agora se soma a uma longa lista de mulheres cujas vidas foram interrompidas pela violência. Sua morte reforça o apelo por políticas públicas consistentes e pela construção de uma cultura de respeito e proteção à vida das mulheres em Mato Grosso do Sul.

Feminicídios em Mato Grosso do Sul em 2025 (até 9 de agosto)

  • Total de casos: 22 feminicídios
  • Média: 1 mulher assassinada a cada 11 dias
  • Cidades com maior número de registros:
    • Campo Grande: 3 casos
    • Corumbá: 2 casos
    • Dourados, Cassilândia e outras: 1 caso cada
  • Perfil predominante das vítimas:
    • Mulheres jovens (entre 20 e 35 anos)
    • Assassinadas por companheiros ou ex-companheiros
    • Locais mais comuns: residência da vítima ou do autor

Como prevenir e onde buscar ajuda

Sinais de alerta em relacionamentos abusivos:

  • Controle excessivo e ciúmes
  • Isolamento de amigos e familiares
  • Ameaças verbais ou físicas
  • Ciclos de violência seguidos de “arrependimento”

O que fazer se você (ou alguém que conhece) estiver em risco:

  • Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
  • Em caso de emergência, acione a polícia pelo 190
  • Procure a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) mais próxima
  • Busque apoio psicológico e jurídico gratuito em centros de referência da mulher

Dicas de proteção:

  • Mantenha contatos de emergência acessíveis
  • Avise amigos ou familiares de situações suspeitas
  • Guarde evidências como mensagens e áudios
  • Conheça e solicite medidas protetivas de urgência

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Chá de Mulheres “Avivadas por Ele” celebra a fé e a alegria em Três Lagoas

O encontro feminino promovido pela Igreja Palavra Fonte de Água Viva chega à sua 12ª edição com o tema “A voz da Alegria”, inspirado...

Congresso de Jovens reúne ministérios e convidados de diversos estados do Brasil

Evento da Igreja “Acolhendo Almas para o Reino” traz três dias de pregações, louvor e reflexão com o tema “Jovens, não vos conformeis com...

Casa do Trabalhador de Três Lagoas oferece 181 vagas nesta sexta-feira

Entre as oportunidades disponíveis está a função de operador de máquinas fixas; atendimento ocorre das 7h às 17h, sem intervalo de almoço Você está em...