Mais de 3,5 milhões de pessoas superaram a pobreza em julho; governo atribui saída a empregos, empreendedorismo e qualificação profissional
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou que 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família em julho de 2025 após aumentarem sua renda e superarem a linha da pobreza. Isso representa cerca de 3,5 milhões de pessoas que, segundo o governo, passaram a ter condições de sustento por meio do trabalho e do empreendedorismo.
De acordo com o ministro Wellington Dias, a maioria dessas famílias — 536 mil — cumpriu os 24 meses previstos na chamada regra de proteção, que garante o pagamento de 50% do valor do benefício para quem ultrapassa a renda per capita de R$ 218 até meio salário mínimo.
“O que vemos são pessoas que conseguiram empregos estáveis ou melhoraram sua condição financeira como empreendedores”, afirmou o ministro, nesta terça-feira (22), durante participação no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Caminho pela renda
O ministro destacou que a saída das famílias do programa se deve a um conjunto de ações promovidas pelo governo federal. “Oferecemos qualificação, apoio ao pequeno negócio e incentivo à estruturação familiar por meio de programas como o Acredita, o Pronaf e o Agroamigo”, explicou.
Desde o início do atual governo, em 2023, mais de 8,6 milhões de pessoas saíram da pobreza. Segundo Wellington Dias, considerando a ampliação de renda e outras ações sociais, o número total de brasileiros que superaram a pobreza chega a quase 24 milhões.
Compromisso e combate ao preconceito
O ministro também rebateu críticas ao programa, classificando como preconceituosas as alegações de que beneficiários do Bolsa Família não buscam trabalho. Ele reforçou que o acesso ao benefício exige compromissos nas áreas de educação, qualificação e empreendedorismo.
“Quem recebe o Bolsa Família precisa estar com os filhos na escola, frequentando e sendo aprovado. Também temos parcerias com estados, municípios e o setor privado para capacitação profissional e apoio ao pequeno negócio”, disse Dias.
Ele concluiu afirmando que muitas das famílias que deixaram o programa estão em processo de ascensão social. “Muitos estão indo para a classe média, que hoje cresce também com a contribuição de quem já esteve no Bolsa Família.”
Com informações Agência Brasil