38.8 C
Três Lagoas
sábado, 27 de dezembro, 2025

Mulher que matou filho por não decorar Alcorão pega perpétua

Internacional – 07/01/2013 – 16:01

Uma mulher de origem indiana foi condenada nesta segunda-feira pela Justiça britânica à prisão perpétua e terá de cumprir no mínimo 17 anos de cadeia por ter agredido até a morte seu filho de 7 anos sob o pretexto de que ele não conseguia memorizar o Alcorão.

Sara Ege, 33 anos, formada em Matemática na Índia, tratava seu filho Yaseen como um “cão”, agredindo a criança com um bastão quando ele não conseguia memorizar os versículos do Alcorão, segundo os registros do tribunal de Cardiff, no País de Gales. Ela foi considerada culpada no início de dezembro de assassinato e de obstrução da justiça.

Nesta segunda, a mulher, usando um véu marrom, chorou muito ao ouvir o veredicto. A polícia havia inicialmente acreditado que o menino tinha morrido em um incêndio ocorrido na casa da família, em julho de 2010 em Cardiff. Mas os exames revelaram depois que a criança morrera antes do incêndio.

“Há uma outra circunstância agravante que é o fato de você ter tentado queimar o corpo de Yaseen”, disse o juiz Wyn Williams. “Não há dúvida de que você colocou fogo em seu corpo para tentar evitar as consequências do que você fez”. A mãe depois reconheceu os fatos antes de se retratar, afirmando que ela tinha sido obrigada a confessar o crime por pressão de seu marido e de sua família.

Em sua confissão, a mulher explicou que seu filho começou a chorar ao tentar se lembrar dos versículos do Alcorão. Ela então decidiu queimar o corpo porque estava “muito nervosa”. Disse que não conseguiu parar de agredir seu filho, afirmando em diversas ocasiões que havia sido movida pelo diabo. Após o seu indiciamento, ela ficou hospitalizada durante vários meses em uma unidade psiquiátrica.

A criança tinha sido inscrita na mesquita local para se transformar em “Hafiz” – um especialista em islã que memoriza o Alcorão – seguindo assim os passos de sua mãe, que quando menina participou de concursos onde demonstrou seu conhecimento do livro religioso recitando passagens inteiras de cor. No entanto, segundo reconheceu perante o tribunal, a dificuldade que Yaseen mostrava para lembrar várias passagens a “frustrava cada vez mais” e, movida pela raiva, espancou o menino até que ele caiu enquanto murmurava trechos do Alcorão.

A mulher, que recebeu a sentença comovida, disse ser uma “mãe brilhante” e teve que ser ajudada para sair da sala.

Fonte: Portal Terra

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Padre Cláudio une fé, vida e esperança nas festas de fim de ano

Sacerdote completa 15 anos de ordenação e 45 de vida em clima de gratidão As festas de fim de ano em Três Lagoas ganharam um...

Trecho da Malha Oeste até Três Lagoas deve ser prioridade em nova concessão

Setor da celulose impulsiona interesse por ramal ferroviário no leste de Mato Grosso do Sul, onde edital deve ser lançado em abril de 2026.

Comissão aprova ampliação das atribuições dos oficiais de Justiça

Projeto autoriza atuação como conciliadores, amplia uso de tecnologia e segue para análise do Senado A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da...