A recomendação é para que produtores e população em geral fiquem atentos a possíveis atualizações dos alertas e adotem medidas preventivas, especialmente no campo.
Com a frente fria que avançou pelo Centro-Oeste, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para Mato Grosso do Sul. O estado está majoritariamente na zona laranja, que representa perigo, e Três Lagoas aparece em zona amarela, de perigo potencial devido à queda acentuada nas temperaturas.
Apesar do sol previsto ao longo da semana, com mínimas na casa dos 13°C, o impacto do frio já é sentido no agronegócio, especialmente na pecuária. Consultorias como Agrifatto e Scot Consultoria apontam que o clima mais severo nos últimos dias aumentou a disponibilidade de animais para abate, o que resultou em queda nos preços da arroba do boi gordo em várias regiões do país, incluindo o Estado.
No mercado pecuário de Mato Grosso do Sul, a arroba da vaca gorda registrou queda, passando de R$ 291,50 para R$ 286,50 à vista — um recuo de R$ 5,00, segundo dados da Scot Consultoria com base na cotação do dia 24 de junho. A venda com prazo de 30 dias também caiu, de R$ 295,00 para R$ 290,00. Já o boi gordo manteve estabilidade, sendo negociado a R$ 311,50 à vista e R$ 315,00 a prazo. O boi-China também apresentou retração no estado, com a arroba caindo de R$ 322,00 para R$ 320,00.
Segundo a Scot, frigoríficos estão mais cautelosos nas compras, aguardando o desempenho das vendas no fim de semana. O analista Felipe Fabbri destaca que, apesar da desvalorização da arroba, as exportações seguem em ritmo acelerado e os preços da carne bovina brasileira no mercado internacional atingiram o maior patamar dos últimos 12 meses.
A combinação entre o frio intenso, que tira boiadas das pastagens, e um mercado interno ainda lento, pressiona os produtores, principalmente na reta final do mês, quando o consumo costuma cair com o esgotamento dos salários.
Mesmo com temperaturas mais amenas previstas para os próximos dias em Três Lagoas, a cidade segue no radar da Defesa Civil e das autoridades meteorológicas por conta do avanço do ar polar. A recomendação é para que produtores e população em geral fiquem atentos a possíveis atualizações dos alertas e adotem medidas preventivas, especialmente no campo.