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segunda-feira, 5 de maio, 2025

Leilão da Rota da Celulose depende de interessados para ser mantido

Agendado para a próxima quinta-feira (8), o leilão da Rota da Celulose só será mantido se até alguma empresa do setor de logística manifestar interesse, ainda nesta segunda-feira (5), último dia para participar do certame.

O projeto de concessão de cinco trechos de rodovias, que dão acesso à indústrias do ramo da celulose em Mato Grosso do Sul, será colocado novamente pelo governo do Estado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), para receber a entrega de propostas para o novo edital de licitação.

Em dezembro, a primeira tentativa de leiloar à iniciativa privada, trechos das rodovias que ligam a capital Campo Grande ao estado de São Paulo, não atraiu empresas, o que impossibilitou a realização do certame.

A Rota da Celulose abrange 870,3 quilômetros e investimento nas rodovias e o projeto busca recuperar e ampliar a capacidade do sistema rodoviário, composto pelos trechos das rodovias estaduais MS-040 (de Campo Grande a Santa Rita do Pardo), MS-338 (de Santa Rita do Pardo a Bataguassu) e MS-395 (de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267), além de trechos das rodovias federais BR-262 (que liga Campo Grande a Três Lagoas) e BR-267 (que liga Bataguassu a Nova Alvorada do Sul). O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), declarou ter boas expectativas sobre esta segunda tentativa. 

“Sabemos que pelo menos seis consórcios estão fazendo esta discussão, se isso vai se traduzir em uma proposta efetiva, nós vamos ter que aguardar nesta segunda-feira. Se houver três ou quatro propostas pelo menos, vai ter briga no leilão, aí ficamos mais tranquilos”, disse o governador durante o evento MS Qualifica.

Para atrair investidores da iniciativa privada, o governo estadual realizou no segundo semestre de 2024, em São Paulo, um roadshow que contou com a participação de diversas empresas do setor, como o grupo EcoRodovias, a CCR (que detém a concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul), a Way (responsável por concessões como as das rodovias MS-306, MS-112 e BR-158, na região nordeste do Estado) e investidores internacionais, como o grupo Arteris. Um dos maiores fundos de investimento do mundo, o BlackRock, também enviou representantes ao evento.

Porém, não houve interessados no certame e segundo publicado pelo jornal Folha de São Paulo, o Ministério dos Transportes avaliou que os empresários estariam focados em outros projetos considerados mais atrativos da carteira de concessões rodoviárias. A atenção voltada à outras propostas teria escanteado o certame de Mato Grosso do Sul.

Entre os projetos ofertados, à época do primeiro leilão de concessões, estava a Rota Verde, que passa por Rio Verde, Goiânia e Itumbiara, em Goiás, e o leilão das Rodovias Integradas do Paraná, que inclui trechos estaduais e da BR-369, além da Ponte São Borja, sobre o Rio Uruguai, na fronteira entre São Borja, no Brasil, e Santo Tomé, na Argentina, e mais um bloco das Rodovias Integradas do Paraná, desta vez ligado à BR-163.

LICITAÇÃO – De acordo com o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) do governo do Estado, o projeto da Rota da Celulose trará múltiplos benefícios: melhoria das condições de trafegabilidade; aumento da segurança dos usuários das rodovias; melhoria no escoamento da produção; diminuição do tempo de deslocamento; menor custo com manutenção dos veículos; novas oportunidades de negócios na região; e redução de despesas com manutenção da rodovia, cujo montante poderá ser investido nas demais rodovias da malha.

O prazo do contrato que deve ir a leilão, caso haja interessados no projeto, é de 30 anos, e o valor estimado é de aproximadamente R$ 10,098 bilhões.

MUDANÇAS NO PROJETO – Na tentativa de melhorar o projeto da Rota da Celulose para atrair os investidores, no dia 30 de janeiro deste ano, um novo edital para privatização de rodovias alterou, entre outros quesitos, o cronograma de obras a serem feitas nas rodovias que serão concedidas à iniciativa privada. O novo projeto apresentado ao mercado mudou o valor total do investimento na rodovia, que será de R$ 10 bilhões, um pouco maior que o projeto anterior, que previa R$ 8,8 bilhões.

O edital manteve a previsão da duplicação do trecho entre Campo Grande e a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo e a previsão de um contorno rodoviário de 15 km em Bataguassu, o que exigirá R$ 90 milhões. A um mês do leilão, o governo do Estado fez nova alteração no edital para atrair a participação de empresas estrangeiras. O texto inicial exigia que a empresa concorrente estivesse instalada no Brasil, o que foi alterado em publicação no Diário Oficial do Estado.

No projeto de concessão da Rota da Celulose está prevista a realização de duplicações, acostamentos, terceiras faixas e 12 km de marginais e a implantação de 38 km de contornos em municípios.

GOVERNO FEDERAL – A concessão das rodovias é um projeto que tem sido discutido desde 2023 pelo governo do Estado com a União. O primeiro passou foi fazer um estudo de viabilidade técnica para o trecho. No caso das rodovias federais, as BRs 262 e 267, foi necessário que os trechos de interesse fossem delegados para Mato Grosso do Sul pelo governo federal, o que foi feito em novembro de 2024.

Informações: Agência Notícias Governo MS

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