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sexta-feira, 2 de maio, 2025

Conta de luz fica mais cara em maio com volta da bandeira amarela

Aneel confirma cobrança extra de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos devido a queda das chuvas e menor geração hidrelétrica, no período seco.

Com o inicio do período de estiagem, com a redução das chuvas nos principais reservatórios do país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adoção da bandeira tarifária amarela para o mês de maio. A mudança representa um custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos nas contas de luz.

A decisão já era esperada pelo setor elétrico. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) havia sinalizado em abril que todos os cenários analisados indicavam a necessidade de acionar a bandeira amarela, o que agora se confirma.

Período seco pressiona geração e tarifas – Durante o período chuvoso, que se estendeu até abril, o Brasil conseguiu manter a bandeira verde, sem custo extra para os consumidores. No entanto, com a transição para meses mais secos e a previsão de vazões abaixo da média histórica, a situação dos reservatórios se deteriorou.

Com menos água disponível, aumenta a dependência das usinas termelétricas, que têm custo de geração mais alto. Isso eleva os preços da energia e aciona o mecanismo de bandeiras tarifárias, criado para repassar diretamente aos consumidores os custos adicionais de produção.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisa mensalmente as condições de geração, considerando o volume dos reservatórios, a necessidade de acionamento de térmicas e outros fatores como o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) — indicador que também influenciou decisões anteriores.

Risco de agravamento no segundo semestre – A piora nas previsões para o regime de chuvas renova a preocupação de que os meses de inverno possam exigir novas mudanças nas bandeiras tarifárias. No ano passado, uma seca histórica levou a Aneel a acionar a bandeira vermelha patamar 1 em setembro, medida que não era adotada há mais de três anos.

Além da escassez de água, o risco hidrológico — conhecido no setor como GSF (Generation Scaling Factor) — também pesa no cenário, podendo forçar mais ajustes tarifários caso o quadro hídrico continue desfavorável.

A arrecadação via bandeiras é destinada a cobrir os custos extras das distribuidoras, evitando aumentos ainda maiores nas tarifas em revisões futuras.

Informações: Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel

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