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sábado, 1 de novembro, 2025

Acusado de tentar matar enfermeiro a tiros em 2013 no Distrito Industrial vai a júri popular

Breno Andrade Cardoso será julgado por crime brutal que quase tirou a vida de Rogério Nunes da Silva, alvejado com quatro disparos após sair do plantão hospitalar.

Breno Andrade Cardoso, acusado de tentar matar o enfermeiro Rogério Nunes da Silva, na época com 26 anos em 10 de dezembro de 2013 em Três Lagoas passará à juri popular na tarde desta quarta-feira, 16, presidido pelo juiz residente Rodrigo Pedrini Marcos.

O atentado ocorreu na Av. Ranulpho Marques Leal, próximo à rotatória da antiga Mabel. Rogério havia acabado de encerrar seu plantão no Hospital Auxiliadora e seguia de moto para a cidade de Castilho (SP), onde residia com a família, quando foi emboscado por outro motociclista. Sem qualquer aviso, o criminoso efetuou vários disparos — quatro deles atingiram o jovem profissional da saúde.

Ferido gravemente, Rogério foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levado com urgência para o Hospital Auxiliadora — o mesmo onde trabalhava — e precisou passar por cirurgia. Ele ficou internado por vários dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), lutando pela vida.

Na época, o caso gerou revolta e grande repercussão. Os pais de Rogério, comerciantes em Castilho, declararam não entender o motivo do ataque, já que o filho era conhecido por ser pacato, trabalhador e não possuía inimigos declarados.

As investigações da Polícia Civil avançaram rapidamente, revelando indícios de premeditação e tentativa de execução. Com base em provas técnicas e testemunhais, Breno Andrade Cardoso foi identificado como o autor dos disparos e denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O caso, inicialmente sem suspeitos, começou a ser desvendado pela Polícia Civil dias após o atentado. Com o avanço das investigações conduzidas pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), liderado pelo delegado da época, Thiago Passos, o nome de Breno Andrade Cardoso surgiu como principal suspeito. O motivo: ciúmes. De acordo com a polícia, a ex-mulher de Breno teria mantido um relacionamento com Rogério, o que teria motivado a tentativa de homicídio.

Após semanas foragido, Breno foi capturado no dia 10 de fevereiro de 2014 por uma equipe da extinta ROTAI (Rondas Ostensivas Táticas do Interior), após denúncias anônimas indicarem seu paradeiro em uma residência da família, em Três Lagoas. Mesmo com mandado de prisão em aberto, o acusado tentou despistar a Justiça alegando estar em um rancho no interior, mas essa informação foi desmentida pela polícia, que realizou buscas frequentes no local sem encontrá-lo.

Em depoimento, Breno negou envolvimento no crime, disse não conhecer a vítima e apresentou um álibi que, segundo o delegado, não se sustentou diante das evidências. A investigação apontou indícios de premeditação, perseguição e motivação passional.

Com a prisão temporária de 30 dias decretada para conclusão do inquérito, em 2014, o processo avançou para a fase judicial e culmina agora no julgamento do acusado. Caso condenado, Breno poderá pegar uma pena que ultrapassa os 20 anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O mesmo se encontra em liberdade.

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