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sexta-feira, 2 de maio, 2025

Programa ‘Cuidando em Casa’ reforça atenção domiciliar em Mato Grosso do Sul

Segundo a superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Angélica Cristina Segatto Congro, a iniciativa busca ampliar atendimento a pacientes que necessitam de suporte especializado em casa.

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul lançou, na semana passada o programa “Cuidando em Casa” com o objetivo de fortalecer a atenção domiciliar e garantir assistência adequada a pacientes que necessitam de suporte médico e respiratório em suas residências. A iniciativa visa expandir a cobertura do atendimento domiciliar nos municípios, contando com um financiamento estadual para custeio de equipes multiprofissionais e a aquisição de equipamentos.

Durante entrevista ao programa A Hora da Notícia, da Caçula FM 96,9, desta segunda-feira, 24, a superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Angélica Cristina Segatto Congro, explicou os detalhes da proposta e destacou a importância do investimento no atendimento domiciliar.

O programa pretende ampliar significativamente a oferta do serviço nos municípios. Atualmente, apenas 10 equipes de atenção domiciliar estão ativas em Mato Grosso do Sul, mas a meta é chegar a 60. “Queremos fomentar que os municípios montem essas equipes para oferecer um suporte adequado a pacientes que necessitam de dispositivos respiratórios, como Bipap, Cpap, ventiladores e oxigênio”, afirmou Angélica.

A superintendente ressaltou que o envelhecimento da população exige um novo olhar sobre a assistência em saúde. “Muitos pacientes estão acamados e dependem de cuidados específicos em casa. Precisamos garantir suporte para que os municípios ofereçam esse atendimento”, disse. Para garantir a efetividade do programa, será realizado um monitoramento rigoroso por meio dos códigos de faturamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Os procedimentos realizados pelas equipes serão registrados no prontuário eletrônico dos pacientes, permitindo acompanhamento e avaliação constante”, explicou Angélica.

A adesão ao Cuidando em Casa será feita diretamente com a SES. Os municípios interessados deverão solicitar inclusão no programa e atender aos requisitos estabelecidos. Segundo Angélica, algumas prefeituras já demonstraram interesse e aguardam orientações para estruturar suas equipes.

O Estado destinará R$ 30 mil mensais para cada equipe de atenção domiciliar, além de um incentivo adicional de até R$ 11 mil para aquisição e manutenção de equipamentos de suporte ventilatório. “Esse valor foi calculado com base em estudos sobre os custos desses equipamentos e no financiamento já oferecido pela União e pelos municípios”, esclareceu a superintendente. A expectativa é que esses recursos cubram pelo menos 50% dos custos das equipes. Caso haja necessidade de ajustes, a política será reavaliada após um ano de implementação.

Outro aspecto abordado por Angélica foi a judicialização da saúde, que ocorre quando pacientes precisam recorrer à Justiça para obter tratamentos. “Com o programa, pretendemos reduzir esses casos, garantindo que os cuidados necessários estejam disponíveis sem necessidade de ação judicial”, afirmou. As equipes de atenção domiciliar contarão com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais. Haverá também capacitação especializada, promovida pelo Hospital Regional de Mato Grosso do Sul e pelo Hospital Universitário de Dourados. “O cuidado domiciliar exige habilidades técnicas específicas, por isso, ofereceremos treinamentos para preparar as equipes”, destacou.

O programa também prevê suporte às famílias, muitas vezes despreparadas para cuidar de pacientes em casa. “As equipes não apenas realizam atendimentos, mas também capacitam os cuidadores familiares, oferecendo orientação sobre o manejo do paciente e acesso a benefícios como descontos na conta de energia para quem utiliza equipamentos de suporte à vida”, explicou Angélica.

A proposta visa transformar o atendimento domiciliar no estado, reduzindo internações desnecessárias e proporcionando maior qualidade de vida aos pacientes. “Com um atendimento estruturado, garantimos que essas pessoas recebam os cuidados necessários em um ambiente familiar, com mais conforto e dignidade”, concluiu a superintendente.

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