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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

Dia dos Namorados: comércio varejista pode movimentar R$ 2,59 bi

O Dia dos Namorados é a sexta data comemorativa mais importante do varejo no Brasil em relação à movimentação financeira. Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o comércio varejista movimente R$ 2,59 bilhões de vendas em 2024. Caso a expectativa se confirme, o volume apresentaria um crescimento de 5,6% em relação à data de 2023.

A pesquisa aponta que o segmento de vestuário, calçados e acessórios está em destaque nas vendas na data, que deverá movimentar R$ 1,083 bi. O ramo tende a apresentar aumento real de 6,7% em comparação a 2023, que teve R$ 1,01 bi movimentados.

Já o segmento de utilidades domésticas e eletroeletrônicos também deve alcançar vendas expressivas com relação às vendas totais, com estimativa de R$ 727 milhões ou 28%. O montante avança 3,2% no comparativo anual. Já as vendas de itens de farmácias, perfumarias e cosméticos tendem a avançar pouco (1,6%) e devem responder por pouco mais de 10% de toda a movimentação financeira esperada pelo setor de varejo.

O economista André Galhardo explica os motivos que sustentam uma melhora não só do Dia dos Namorados, mas em diferentes aspectos do comércio brasileiro.

  • redução da taxa de juros do país;
  • melhora no mercado de trabalho, com mais pessoas trabalhando e volume maior de consumo;
  • redução relativa da inflação.

“Não é que a gente esteja num ambiente deflacionário, com queda nos preços, mas a gente tem um avanço mais sutil dos preços. Com a inflação relativamente menor sobra um espaço um pouco maior dentro do orçamento familiar para que as famílias possam consumir outros bens além daqueles de primeira necessidade”, frisa André Galhardo.

Segundo o economista, a expectativa é para um bom cenário no comércio brasileiro ao longo de todo o segundo trimestre em função dos três elementos citados acima.

A pesquisa demonstra que parte da expectativa de avanço das vendas em uma data comemorativa pode ser atrelada ao comportamento recente do mercado de crédito, como a redução no comprometimento da renda das famílias, que atualmente está próximo a 30% – sendo no menor patamar em três anos –, bem como da redução dos juros das operações de crédito.

Presentes

A data comemora o amor e nada melhor do que adoçar a vida do companheiro ou companheira com chocolate. É o caso de Darlene Alves, 34 anos, profissional de recursos humanos, moradora de Arapoanga no Distrito Federal. Ela é casada, mas sempre agrada o parceiro com chocolates no Dia dos Namorados. “Eu sempre compro presente nessa data. Acho importante comemorar. Este ano ainda não comprei o presente, mas pretendo comprar. Geralmente eu compro algum chocolate”, conta.

Para quem prefere presentear de outra forma, a empresária Jacqueline Ferreira, 31 anos, proprietária da Já Que Amou Maquiagens – com lojas localizadas em três regiões administrativas do Distrito Federal  (Asa Norte, Núcleo Bandeirante e Taguatinga Sul), que presta curadoria na hora de escolher maquiagens nacionais, elenca dicas de como escolher produtos de beleza para presentear no Dia dos Namorados:

  • Vá a lugares especializados com a foto da pessoa amada para identificar gostos e hábitos. Exemplos: se a pessoa faz uso de cílios postiços e cor de batom;
  • Evite produtos específicos sobre tons de pele. Exemplos: bases, pós e corretivos. Se quiser arriscar, pós translúcidos soltos para peles claras de pós-bananas soltos para peles escuras;
  • Produtos de cuidado e preparação de pele também são uma boa escolha;
  • Coleções de maquiagens que têm a ver com o estilo da pessoa amada, como os gostos e hobbies;
  • Perfumes importados. “Para quem diz que quando acaba o perfume, acaba o amor, é só repor o estoque”, brinca Jacqueline.

Propaganda

Uma pesquisa da Tunad, plataforma de Inteligência de Mídia, mostra aumento de pelo menos 10% nos investimentos em publicidade televisiva relacionados ao Dia dos Namorados em 2024. O levantamento considera as inserções publicitárias na televisão e as buscas realizadas por marcas no Google e abrange TV aberta de São Paulo e canais de TV paga.

O COO da Tunad, Ricardo Monteiro, destaca que a televisão é um caminho para compras online. Ele também menciona que os anúncios que mais aparecem no período da data comemorativa. 

“A televisão é um dos fatores geradores de demanda. É natural que a televisão, ela vá levar a um grande aumento do número de pessoas online buscando alguma coisa que elas viram e lhes interessou. Agora, normalmente, no Dia dos Namorados, o que que a gente vê, olhando pelo tipo de anúncio que foi colocado no ar, normalmente o que a gente mais vê é perfume, é chocolate, flores”, diz.

Fonte: Brasil 61

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.