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Pagodeiros acusados de estupro temem voltar aos palcos

Geral – 10/10/2012 – 17:10

A banda de pagode New Hit ainda não decidiu se volta aos palcos depois do episódio em que os integrantes são acusados de estupro e formação de quadrilha. Os oito jovens, mais o produtor e um segurança ficaram 38 dias presos no presídio de Feira de Santana, na Bahia.

De acordo com o advogado Kleber Andrade, os jovens estão com receio de marcarem algum tipo de evento e sofrerem represália. 

 Não falta pedidos para eles se apresentarem. Sabemos que eles têm muitas fãs, mas estamos cautelosos em expor o grupo. Vai que algum engraçadinho faz algum xingamento ou qualquer coisa do tipo. As chances de ocorrer alguma confusão ainda são grandes.

Os suspeitos responderão ao processo em liberdade e estão proibidos de se ausentarem da Bahia sem antes comunicar a Justiça. A primeira apresentação da banda tinha sido marcada para o dia 21 de outubro, num festival de pagode em Salvador. O que eles não esperavam é que a organização do evento cancelasse a participação do grupo depois que uma empresa de bebidas desistiu de patrocinar o show.

Em nota, a empresa disse que “em respeito aos consumidores, suspendeu o patrocínio ao evento até que a questão envolvendo uma das bandas do festival seja esclarecida”. Depois da repercussão negativa, a produção do grupo desmarcou o show. Alegou que os músicos não têm condições psicológicas de participar do festival.

A banda New Hit é um dos maiores sucessos na Bahia. Antes do escândalo, o grupo fazia cerca de oito apresentações por mês. O estilo é chamado de pagode eletrônico. Virou febre por causa das letras cantadas sempre com duplo sentido. E também pela coreografia explicitamente sensual.

As vítimas são duas adolescentes de 16 anos. Depois da denúncia, elas sofreram ameaças por celular e tiveram as casas vigiadas por carros de estranhos. As duas garotas estão sob proteção do Programa para Crianças e Adolescentes ameaçados de morte. Elas recebem acompanhamento psicológico e policial. Elas tiveram de seguir regras rigorosas como mudar de escola e não falar com os amigos.

O laudo da polícia técnica não aponta quem teve relações sexuais com as adolescentes. Segundo o Ministério Público, pela quantidade de sêmen encontrada nas roupas delas, foram pelo menos duas pessoas com cada uma das jovens. Só o resultado dos exames de DNA vai revelar a identidade dos agressores. O resultado pode demorar 60 dias.

Crime

O caso ocorreu no dia 26 de agosto após uma apresentação do grupo em um carnaval fora de época na cidade de Ruy Barbosa. As supostas vítimas contaram à polícia que foram estupradas dentro do ônibus da banda, onde entraram para tirar fotos com os integrantes. A dupla afirmou que foi levada ao banheiro do veículo e as duas foram violentadas pelos rapazes, que agiram em duplas.

A decisão do MP conta que, ao entrar no ônibus, as garotas passaram a ser “vítimas de atitudes libidinosas” por parte dos dançarinos Alan, Wesley e Guilherme, bem como do vocalista de vulgo Dudu, tendo as “duas jovens os repreendido”. Uma delas foi “puxada pelos cabelos” por William, vulgo Brayan, que “desferiu-lhe tapas no rosto e, brutalmente, a arrastou para dentro do banheiro”.

Lá, juntamente com Weslen, vulgo Gagau, iniciaram a primeira sessão de estupro, estando a vítima “totalmente acuada e impossibilitada de oferecer resistência”. Embora tenha tentado se desvencilhar dos agressores e escapar, a vítima foi mantida no banheiro para que outros dois membros, desta vez Michel e Guilherme, passassem a estuprá-la na sequência. Durante todo o tempo, a adolescente era xingada e agredida fisicamente. Esta mesma vítima ainda foi estuprada, ato contínuo, por Alan, vulgo Alanzinho e Edson dos Santos.

Fonte: Do Tribuna Hoje

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