23.9 C
Três Lagoas
domingo, 13 de julho, 2025

Descoberta ajuda a entender perda de olfato de algumas pessoas após infecção por covid

No caso do nariz, a razão pela qual algumas pessoas não conseguem recuperar o “faro”, digamos assim, pode estar ligada a um ataque imunológico contínuo às células nervosas olfativas e a um declínio associado no número dessas células.

Doença que pode causar inflamações em todo o corpo, a Covid-19 ainda pode deixar resquícios, como perda do paladar, olfato e até dificuldade para racionar. No caso do nariz, a razão pela qual algumas pessoas não conseguem recuperar o “faro”, digamos assim, pode estar ligada a um ataque imunológico contínuo às células nervosas olfativas e a um declínio associado no número dessas células.

É este o relatório recente, cuja descoberta é de uma equipe de cientistas liderada pela Duke Health. A publicação ocorreu nesta quarta-feira (21), na revista Science Translational Medicine, que ajuda a entender por que algumas pessoas têm perda persistente de olfato após infecção pelo coronavírus.

Estudo também fala sobre outros sintomas

Desta forma, o estudo mostra uma visão importante sobre este problema, que ainda atormenta milhares de pessoas que não recuperaram, totalmente, o olfato. Além disto, o estudo fala sobre possíveis causas de outros sintomas, como a fadiga generalizada, falta de ar e nevoeiro cerebral – que podem ser desencadeados por mecanismos biológicos semelhantes.

Ao falar sobre o assunto, o autor sênior Bradley Goldstein, MD, Ph.D., professor associado do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Ciências da Comunicação da Duke e do Departamento de Neurobiologia, disse que um dos primeiros sintomas, associados à infecção pela doença, é a perda de olfato.

Normalmente, ainda conforme Goldstein, o prazo de recuperação é de uma a duas semanas, quando a pessoa tem o olfato alterado. No entanto, alguns ultrapassam este período e poderão ter perda persistente do olfato por meses ou até anos, após a infecção pela covid.

Cientistas analisaram 24 biópsias; 9 tiveram perda de olfato

No estudo, os cientistas e universidades parceiras, como de Harvard e Califórnia-San Diego, analisaram 24 biópsias, de amostras epiteliais olfativas, incluindo nove pacientes que sofrem de perda de olfato a longo prazo após a infecção pelo coronavírus.

O estudo então, fazendo “análises sofisticadas”, apontou “infiltração generalizada de células T envolvidas em uma resposta inflamatória no epitélio olfatório, o tecido no nariz, onde estão localizadas as células nervosas do olfato”. Baseado nisto, o processo de inflamação único persistiu apesar da ausência de níveis detectáveis ​​de SARS-CoV-2.

Além disso, o número de neurônios sensoriais olfativos foi diminuído, possivelmente, devido ao dano do tecido delicado da inflamação em curso, ainda de acordo com o estudo.

De acordo com o professor, as descobertas são impressionantes. “É quase semelhante a uma espécie de processo autoimune no nariz”, argumentou Bradley, ressaltando que o estudo pode ajudar a projetar tratamentos.

MIDIAMAX

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Mercado de veículos em MS cresce no 1º semestre de 2025 com alta nas vendas de usados e novos

O mercado automotivo de Mato Grosso do Sul registrou crescimento expressivo no primeiro semestre de 2025. Segundo dados do Detran-MS, o Estado contabilizou 227.293...

Brasil amplia parceria com China e atrai bilhões em investimentos para diversificar exportações

Diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o Brasil tem intensificado esforços para diversificar suas exportações e consolidar a parceria comercial...

Homem que morreu ao lado de ginásio em Três Lagoas era foragido da Justiça por homicídio

Álvaro Bueno, de 45 anos, tinha mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado e pena de 12 anos a cumprir em regime fechado A...