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Recuperação do preço da celulose e valorização do dólar elevam Ebitda

Economia – 26/07/2012 – 16:07

A combinação entre o aumento do preço da celulose no mercado internacional e a valorização do dólar frente ao real, ao longo do segundo trimestre deste ano, contribuiu para o bom desempenho operacional da Fibria no período. A Companhia registrou Ebitda ajustado de R$ 550 milhões, com crescimento de 46% na comparação com o primeiro trimestre e de 12% na relação ano contra ano. A margem Ebitda atingiu 37%, um avanço de sete pontos percentuais se comparado ao período entre janeiro e março e de três pontos frente ao segundo trimestre de 2011. A receita líquida somou R$ 1,49 bilhão, 17% superior ao trimestre anterior e 2% maior do que a registrada entre abril e junho de 2011.

A Fibria realizou com sucesso as paradas programadas para manutenção nas fábricas. Em decorrência dessas paradas, a produção de celulose permaneceu estável na comparação ano contra ano, totalizando 1,27 milhão de toneladas – uma diminuição de 4% frente ao trimestre anterior. As vendas, que alcançaram 1,26 milhão de toneladas, registraram um aumento de 3% se comparado a igual período de 2011 e uma baixa de 4% em relação ao primeiro trimestre. A Europa foi o principal destino de vendas da Fibria, totalizando 43% do total, seguida da América do Norte, 26% e Ásia 20%.

Por ser uma empresa de natureza exportadora, com mais de 90% de sua dívida atrelada ao dólar, a valorização da moeda americana no trimestre impactou no resultado financeiro da Fibria, que fechou negativo em R$ 1,23 bilhão. Este foi o principal motivo e explica o prejuízo contábil, majoritariamente sem efeito-caixa, de R$ 524 milhões no período.

Em continuidade à estratégia de redução do endividamento, a Fibria finalizou duas etapas importantes no segundo trimestre de 2012: a conclusão da Oferta Pública de Ações e a assinatura do contrato da venda de ativos florestais e terras no sul da Bahia. Ambas as operações somaram R$ 1,6 bilhão, contribuindo para a redução da dívida, que registrou queda de 6% na comparação entre trimestres, totalizando R$ 8,46 bilhões. A posição de caixa no fim de junho era de R$ 3,42 bilhões, o equivalente a 1,6 vezes a dívida de curto prazo, o que reforça a capacidade da Companhia de cumprir os compromissos previstos para os próximos 12 meses.

No trimestre, a Fibria realizou a renegociação dos covenants e alterou a metodologia de cálculo: a medição da relação entre dívida líquida e Ebitda passa, a partir de então, a levar em conta os valores em dólar. Assim, será possível minimizar o impacto de oscilações cambiais sobre o indicador. O limite máximo ficou em 4,5 vezes, em dólar, a partir de 30 de junho, sem alterações nos períodos subsequentes.

Classificação de risco – Em julho deste ano, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) mudou a perspectiva de rating da Fibria de “estável” para “positiva”. A nota de crédito da Companhia pela agência está em “BB” atualmente. Segundo análise da S&P, a redução consistente nos níveis de endividamento, a manutenção de uma forte liquidez e o programa de investimentos em linha com a geração de caixa podem levar a uma elevação da nota de crédito da Companhia nos próximos meses.

Sustentabilidade – Com o objetivo de fortalecer suas vantagens competitivas em longo prazo, a Fibria estabeleceu no Relatório de Sustentabilidade 2011, lançado em abril deste ano, seis metas a serem atingidas até 2025. São elas: reduzir em um terço a área necessária para a produção de celulose, duplicar a absorção de carbono da atmosfera, promover a restauração ambiental em 40 mil hectares de áreas próprias entre 2012 e 2025, reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos industriais destinados a aterro, atingir 80% de aprovação nas comunidades vizinhas e empenhar-se para que 70% dos projetos de geração de renda apoiados pela empresa, sejam autossustentáveis. As metas estão alinhadas aos compromissos socioambientais que, ao lado do pilar econômico, formam a base da estratégia da Companhia até 2025.

Sobre a Fibria

Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel – Terminal Portuário de Barra do Riacho (Aracruz, ES). Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis localizados nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, a Fibria trabalha com uma base florestal total de 1,077 milhão de hectares, dos quais 405 mil são destinados à conservação ambiental.

Fonte: Assessoria de imprensa

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