Trabalhadores pedem que direitos definidos em acordo coletivo sejam mantidos
18/08/2020 13h45
Por: Deyvid Santos
MATO GROSSO DO SUL (MS) – Funcionários dos Correios de pelo menos 20 municípios de Mato Grosso do Sul entraram em greve nesta terça-feira (18), reivindicando manutenção dos direitos dos trabalhadores.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares do Estado (Sintect-MS), Elaine Regina de Souza Oliveira, disse ao Correio do Estado que a paralisação é por tempo indeterminado. “Não estamos em greve por privilégios, nas estamos em greve por reajuste, mas pela manutenção de cláusulas que foram construídas ao longo de mais de 30 anos”, disse Elaine.
O Sindicato ainda não tem o balanço de quantos trabalhadores aderiram ao movimento nacional, mas, pelo menos 20 cidades do Estado tem funcionários em greve e o número deve aumentar até o fim do dia. Ainda segundo Elaine, os trabalhadores dos Correios não são funcionários públicos e são celetistas, ou seja, o regime de trabalho é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, e os direitos são garantidos por meio de acordo coletivo.
No início deste mês, eles foram surpreendidos com a revogação do atual acordo, que teria validade até julho de 2021. Entre os benefícios revogados estão o auxílio-creche e vale-alimentação. Diante da situação, tentativas de um novo acordo foram feitas, sem sucesso.
“Último pedido que fizemos era que mantivesse direitos, já que ainda não foi definida [via justiça] a retirada dos direitos, e não iriamos fazer a greve, mas mesmo assim o Correios se negou. Tentamos meses de negociação para demonstrar que não há intransigência, apresentamos pauta que não aumentava em nada o que já temos”, explicou Elaine.
Com relação ao atendimento nas agências, não foi definido o mínimo de 30%.
“A greve é um direito legítimo, a convocação é que todos venham para a greve, para a gente pressionar e finalizar o quanto antes, mas quem vai averiguar e vai recorrer a Justiça [pela manutenção do atendimento em 30%] é os Correios. A gente pede a compreensão da população”, afirmou a presidente do Sintect.
Informações do site Correio do Estado
