09/12/2016 – Atualizado em 09/12/2016
“Vão ter que passar o trator por cima de mim” diz trabalhadora ao saber que quiosque pode ser demolido
Ela que estava trabalhando e com clientes no local, ficou indignada e afirmou que não sairia do local
Por: Rayani Santa Cruz
Na manhã desta sexta-feira (09), Janete Santana França (40) proprietária de um dos quiosques em frente à Lagoa Maior de Três Lagoas, passou por uma situação difícil devido a uma ordem judicial que pede para que ela deixe o local e posteriormente haja a demolição do mesmo.
Fiscais da Prefeitura juntamente com a Polícia Militar, trator e caminhão de recolhimento estiveram no quiosque onde foi apresentada algumas documentações, no entanto a comerciante se recusava a todo momento a sair do local.
Um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) elaborado pela Prefeitura Municipal junto ao Ministério Público foi assinado há alguns anos, e o vencimento deste será em setembro de 2017. Havia uma série de regras a serem cumpridas para usar o espaço do canteiro público e conforme algumas ressalvas de fiscais da Prefeitura Janete teria descumprido alguns termos.
A trabalhadora ressaltou que há cerca de cinco anos, teve que deixar o quiosque aos cuidados do então marido na época para cuidar dos filhos que estavam com problemas particulares. Foi nesse período que houve a separação do casal, mas os dois permaneceram com o negócio, sendo que certo dia houve uma fiscalização e um relatório constando a falta da responsável no local foi elaborado.
Trabalhadora teme demolição do quiosque
Segundo ela, foram gastos mais de R$ 30 mil reais em equipamentos e reforma do quiosque e a sentença judicial foi emitida na segunda-feira (05), não dando tempo para que ela recorresse da decisão.
Ela que estava completamente indignada disse que o local é a maneira de sustento da família e que beneficia toda a sociedade, principalmente as pessoas que usam a orla da Lagoa e consomem seus produtos.
Ao inicio Janete se recusou a ir até a delegacia de polícia e acompanhar os militares, mas após uma hora de negociação ela resolveu se deslocar até a DP, com a garantia de que as máquinas não iriam destruir o quiosque. E também com a garantia de que a assessoria jurídica da Prefeitura negociasse com ela.
Vereador Gilmar Garcia esteve no local
O Vereador Gilmar Garcia Tosta esteve no local, e disse estar entristecido com toda a situação, ele afirmou que existe uma autorização de demolição do quiosque e é a favor de uma solução e não do desemprego e da tirada dessas famílias.
Para Gilmar, os quiosques embelezam o entorno do Cartão Postal da cidade e serve como uma parada turística. Ele é contra a retirada das famílias que ocupam os canteiros públicos para trabalhar e disse que como cidadão lutará para impedir que isso ocorra.
Portas foram fechadas
Depois de resistência por parte de Janete, seus filhos e funcionários, eles ainda que temerosos, foram convencidos a guardar os equipamentos de trabalho e fechar o local para tentar uma conversa com a equipe da Prefeitura.
O medo da família era de que o local seria demolido posterior a saída dos mesmos. Dona Janete perguntou diversas vezes se tudo permaneceria intacto e a resposta foi positiva por parte das autoridades presentes.
A equipe de jornalismo da Rádio Caçula acompanha o caso e em breve mais informações serão transmitidas a população.
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