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Credores do consórcio UFN3 pretendem reaver R$ 120 milhões em dívidas

12/12/2018 10h55
Por: Laís Eger Penha / Por Assessoria de Imprensa

Representantes do grupo de credores da fábrica UFN3 (unidade de fertilizantes nitrogenados) vão se reunir, nesta quinta-feira (13), em São Paulo, com representantes da chinesa Sinopec, contratados para negociar a dívida de cerca de R$ 120 milhões em valores não honrados pelo fornecimento de produtos e serviços.

O consórcio entre a Sinopec e a brasileira Galvão Engenharia era responsável pela construção da fábrica UFN3, em Três Lagoas (MS), cujas obras estão paralisadas há 4 anos. Os trabalhos começaram em 2011 e foram interrompidos em dezembro de 2014, com cerca de 85% concluídos, quando a Petrobras rescindiu o contrato alegando não-cumprimento de pontos do acordo.

O grupo inicial, com 70 empresas, formado em meados de novembro, neste momento ganha a adesão de uma associação de empresários de Três Lagoas, que serão representados no encontro com a Sinopec por advogado. Para esta reunião com a Sinopec foi formado um comitê, com 12 representantes, que apresentarão as condições mínimas aceitáveis para recebimento das dívidas.

Em agosto, na Justiça do Rio, foi iniciado o pedido de recuperação judicial da Sinopec Brasil. Na visão dos credores, a companhia asiática faz propostas descabidas, como por exemplo: 15% do crédito à vista ou 30% a receber em dez anos, e mais, tendo como lastro de pagamento o valor advindo de duas ações promovidas em face da Petrobras, as quais podem ou não serem procedentes, observando-se que atualmente a Sinopec Brasil não exerce qualquer atividade que lhe proporcione faturamento.

Assim, os credores reivindicam um novo posicionamento da Sinopec, principalmente por conta de sua força no mercado internacional: trata-se do maior fornecedor de produtos petroquímicos da China e maior empresa de refino do mundo. Em 2017, foi a terceira colocada entre as 500 maiores da Fortune Global, da Forbes.

Para os credores, a pretensão da Sinopec inicialmente é a busca de um calote legitimado pelo processo de recuperação judicial, gerando assim a quebra econômica de empresas brasileiras. Na visão do grupo de credores não se pode permitir que empresas estrangeiras, principalmente bilionárias como o caso da Sinopec, simplesmente não queiram pagar seus débitos em detrimento de empresas brasileiras.

A Petrobras, por seu lado, já negocia a unidade em Três Lagoas e vai deixar o mercado de fertilizantes ignorando o compromisso assumido com alguns fornecedores, onde a mesma se solidariza com o consórcio UFN3 ao garantir que os pagamentos a fornecedores passariam a ser geridos e executados pela própria estatal através de uma conta vinculada, garantindo assim que o fluxo de materiais não fossem interrompidos devido à falta de pagamento.

A UFN3 é um complexo de fertilizantes com capacidade de produção de 761,2 mil t/ano de amônia e 1.223 mil t/ano (3.600 t/dia) de ureia granulada a partir de 2,24 MM m3/d de gás natural, proveniente do Gasbol.

A unidade tem como objetivo aumentar a oferta interna de fertilizantes nitrogenados, reduzir a necessidade de importação desses produtos e agregar valor e flexibilidade ao negócio de gás e energia.

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